Equipamentos

Techlabor e TTS Marine assinam acordo para unidade de navipeças

Segundo o acordo o grupo norueguês TTS se compromete a transferir tecnologia de produto e processo, enquanto a Techlabor faz os investimentos financeiros. O objetivo das empresas é firmar posição do mercado que renasce a partir das licitações da Transpetro e da PDVSA.


09/03/2006 03:00
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A empresa Techlabor Engenharia e o grupo norueguês TTS Marine assinaram, nesta quarta-feira (08/03), um acordo de cooperação tecnológica para a criação de uma unidade especializada na construção de guindastes e equipamentos de convés para o setor naval e offshore em São Gonçalo (RJ).

Segundo informa o diretor-geral da Techlabor, Lucenil Ferreira de Carvalho, a partir do acordo, o Brasil passa a ser fabricante de guindastes, guinchos e uma série de equipamentos que eram importados. Além disso, a TTS também está comprometida em transferir tecnologia de processo de construção, enquanto a Techlabor é responsável pelo investimento financeiro na unidade. Carvalho informa que a empresa brasileira já investiu cerca de US$ 1 milhão na unidade e estima que venha a investir outro US$ 1 milhão nos próximos um ou dois anos.

Durante a cerimônia de assinatura do contrato, o diretor de Transporte Marítimo da Transpetro, Agenor César Junqueira Leite, manifestou a satisfação com a atração de empresas que venham a contribuir para que o índice de 65% de conteúdo nacional nas construções navais seja atendido. "Estamos muito satisfeitos que uma empresa como a TTS, que tem fábricas no mundo todo, venha para o Brasil com foco na nossa licitação para a fabricação de equipamentos aqui", comentou Junqueira Leite.

O diretor da Techlabor acrescentou que a iniciativa da companhia em buscar a associação com o grupo norueguês tem foco na licitação dos 26 navios da Transpetro e também na licitação da Venezuela, que pretende encomendar 36 navios a estaleiros brasileiros.

"Em função das licitações estamos nos preparando para ter uma forte presença no mercado de equipamentos e navipeças", destacou Carvalho.  

O secretário de Energia, Indústria Naval e do Petróleo, Wagner Victer, compareceu ao evento e elogiou a iniciativa, que preenche uma lacuna na indústria de navipeças. Por outro lado, Victer criticou o otimismo em relação à licitação da PDVSA. O secretário ressalta que ainda não há contrato assinado e não crê que todos estes navios venezuelanos sejam encomendados ao Brasil. Entre os construtores navais, especula-se a possibilidade de que o Brasil venha a abocanhar a parte da Argentina e construa 41 navios para a Venezuela.

O secretário criticou, mais uma vez, a licitação da Transpetro em função da desqualificação de estaleiros fluminenses e destacou que a Venezuela aceita as propostas dos estaleiros Eisa e Brasfels para suas encomendas, enquanto a Transpetro desqualifica as companhias para aceitar propostas de estaleiros "virtuais".

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