Jornal do Commercio
Dois senadores norte-americanos apresentaram ontem um projeto de lei que prevê uma redução na tarifa de importação sobre o etanol brasileiro de US$ 0,54 por galão para US$ 0,45 por galão. A proposta da democrata Dianne Feinstein e do republicano Judd Gregg busca desfazer o estrago da lei agrícola americana (Farm Bill). A lei agrícola reduz o subsídio sobre o etanol (que é recebido pelas refinarias tanto para o etanol dos EUA como para o importado do Brasil), de US$ 0,51 por galão para US$ 0,45. Mas a lei mantém a tarifa sobre etanol importado em US$ 0,54, efetivamente tornando-o menos competitivo diante do etanol de milho.
A legislação dos senadores propõe que a tarifa seja reduzida para US$ 0,45, o que eliminaria o "desincentivo" da lei agrícola. "Eu acho que a legislação tem boas chances de passar, dados os preços recorde da gasolina e o fato de o etanol misturado ajudar a reduzir os custos", disse Joel Velasco, representante da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica) nos Estados Unidos. "Trata-se de um bom sinal." Não há previsão, no entanto, de quando a legislação vai entrar na pauta do Senado.
O objetivo dos senadores é assegurar etanol mais barato e menos poluente que o de milho para as refinarias. "O petróleo chegou a US$ 130 e sobe todos os dias - isso significa que precisamos de combustíveis mais baratos e menos poluentes; no entanto, as refinarias americanas pagam uma tarifa de US$ 0,54 por galão de etanol importado do Brasil e outros países. Isso não faz sentido, dado o preço recorde do petróleo e nossa oferta doméstica limitada de etanol", disse Dianne.
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