Valor Econômico
A Suzano Petroquímica resolveu inovar para captar no mercado doméstico. A empresa criou um programa que prevê a captação de R$ 800 milhões no prazo de dois anos nas mais diferentes formas: debêntures simples, debêntures conversíveis em ações ou ainda apenas ações (ordinárias ou preferenciais).
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já aprovou 18 programas de distribuição de valores mobiliários (totalizando R$ 43,8 bilhões). Estes programas, porém, prevêem apenas a emissão de debêntures (ou notas promissórias). Em um comunicado, a Suzano informa que os recursos serão usados para a "implementação de sua estratégia de crescimento no setor petroquímico brasileiro."
Um boletim da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima), que será divulgado hoje, mostra que o fôlego das empresas para captar no mercado interno segue elevado. De janeiro a outubro, foram aprovadas pela CVM 39 emissões de debêntures, totalizando R$ 34 bilhões, ante 34 em igual período de 2004, um crescimento de 280% no volume financeiro.
As empresas de leasing continuam a liderar os lançamentos, com cerca de 64% do total dos títulos. Em seguida, aparecem as companhias de administração e participação (com 13%), energia elétrica (11%) e saneamento (3%).
O elevado volume de emissões no ano levou o estoque de títulos no Sistema Nacional de Debêntures (SND) a atingir, no final de outubro, o recorde de R$ 77,5 bilhões. Apenas no bimestre setembro-outubro, o volume registrado no SND foi de R$ 9,9 bilhões, um recorde.
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