Valor Econômico
A Suzano Petroquímica pretende fazer sua oferta secundária de ações ainda nesse ano, disse o diretor financeiro da companhia, João Pinto Nogueira Batista. Segundo ele, o Itaú BBA é a instituição que trabalha com a companhia nesta "fase de reposicionamento estratégico", mas não será o único banco a coordenar a operação. Devem ser ofertadas cerca de 7% das ações.
A meta é atingir, no mínimo, 25% do capital em livre circulação - hoje são 18,4% -, para atingir a exigência da Bovespa para as empresas que fazem parte do Novo Mercado. Um dos obstáculos, no entanto, é o fato de que 100% das ações ordinárias, com direito a voto, está em poder do grupo de controle. E, para constar nesta listagem da bolsa, a empresa deve ter apenas ações ON em mercado.
Do total de ações, incluídas as preferenciais, 57% estão nas mãos da controladora Suzano Holding e 24,6% com outras empresas do grupo. Segundo o executivo, como se trata de uma distribuição secundária - de papéis que já existem - parte dos 5,8% em poder da Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, poderá entrar na oferta. Mesmo sem pertencer ao grupo de controle, a fatia de ações da Previ praticamente não tem negociações diárias. "A Suzano Holding será o principal vendedor, que poderá investir o valor da venda até em outros setores em que atua, como papel e celulose", diz Nogueira.
Entre as medidas para aumentar a atratividade das ações da petroquímica, a Suzano anunciou na sexta-feira a aprovação da entrada no Nível 2 de governança corporativa pelo seu conselho de administração. Foi convocada uma assembléia geral para 18 de novembro com objetivo de alterar o estatuto da companhia. "Após aprovadas as mudanças pelos preferencialistas, a empresa já pode assinar o termo de adesão ao Nível 2."
A petroquímica pretende oferecer o direito aos minoritários de 80% do valor conseguido pelo acionista majoritário por ação em caso de venda do bloco de controle. O Nível 2 exige apenas 70% do chamado "tag along". Além disso, a companhia quer transformar o conselho fiscal em órgão permanente.
A companhia está ampliando também sua política de dividendos, de 25% do lucro líquido ajustado para 30%, e está extingüindo a vantagem de 10% que os donos de ações PN tinham nas distribuições de lucros em relação às ON (todas do grupo de controle hoje).
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