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Superintendente de Definição de Blocos da ANP fala sobre investimentos nas bacias terrestres

Durante o 12º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, a Superintendente de Definição de Blocos da ANP, Katia Duarte, chamou atenção para a importância da integração de dados obtidos pelas pesquisas geofísicas da Agência, que são informações públicas e devem ter m

Redação
18/08/2011 17:59
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As pesquisas nas bacias terrestres do Brasil foram destaque na palestra "O desafio das bacias interiores - uma homenagem a Giuseppe Baccocoli", realizada ontem (17) no 12º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica - Expogef  2011, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro. A Superintendente de Definição de Blocos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Katia Duarte, apresentou os investimentos e resultados da Agência em bacias como as do Amazonas, Acre, Paraná e Parecis, destacando uma possível ocorrência paleozóica na Bacia do São Francisco.

Katia Duarte chamou atenção para a importância da integração de dados obtidos pelas pesquisas geofísicas da ANP, que são informações públicas e devem receber mais atenção das instituições de estudo. "A ANP está se tornando uma dos maiores contratantes para levantamentos sísmicos em terra, e esses estudos são essenciais para o conhecimento das bacias", afirma ela, citando o grande volume de trabalho para poucos especialistas geólogos e geofisicos da Agência. "É necessário que haja estudos para os dados que estão sendo levantados pelo corpo técnico da ANP".


Reservatórios não convencionais

Renato Darros de Mattos, representante do grupo Imetame Energia, apresentou os desafios da exploração de gases em reservatórios não convencionais - que tem como característica a baixa porosidade e permeabilidade da rocha, dificultando que o gás flua, sendo necessária a intervenção humana através de fraturamento hidráulico e de perfuração de poços horizontais de longa extensão.

No Brasil os estudos desse tipo de reservatório ainda são iniciais. Mas há mais de 10 anos as companhias independentes norte americanas começaram essa exploração com o gás metano, no Colorado e no Novo México, e agora o mundo já se volta para esses reservatórios. Atualmente, a Argentina também tem este tipo de exploração e já faz intercâmbio com o Brasil.

O Consórcio de Exploração da Bacia do São Francisco (Cebasf), composto pela Orteng, Delp Engenharia, Imetame e Companhia de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais (Codemig), é quem está responsável pelo lote 132, que tem essas características.

"Os reservatórios não convencionais têm diversas características. Ele pode ser razo, profundo, estar em alta pressão e baixa pressão, temperaturas altas e baixas, pode ter única camada ou múltiplas camadas. Então é um mundo novo que se abre", explicou Renato Darros. "No caminho dessa exploração o investidor vai ter que gastar muito mais dinheiro e usar muito mais tecnologia. É interessante esse aspecto porque no convencional o grande risco está na fase exploratória, e no não convencional o risco está na fase de desenvolvimento da produção".

De acordo com ele, o mercado mundial precisa desse tipo de gás, e a indústria vai nessa direção pela necessidade de energia. Como as previsões apontam para uma diminuição da produção offshore ao longo do tempo, a produção onshore não convencional deve ter grande contribuição na matriz energética.

Um dos grandes desafios para esse tipo de exploração é fazer um plano de avaliação para os reservatórios no Brasil, principalmente considerando os aspectos regulatórios e técnicos envolvidos. Outras questões dizem respeito a novas tecnologias, conteúdo local e descarte de fluidos que são gerados durante as operações.

O 12º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica - Expogef  2011, que acontece até hoje (18), é considerado o maior do gênero da América Latina e um dos maiores do mundo. O evento apresenta os avanços tecnológicos aplicados às atividades de prospecção de minerais, recursos hídricos e, em especial, hidrocarbonetos. Além disso, busca estimular o debate e lançar novas perspectivas sobre estudos geológicos, ambientais e as atividades de exploração e produção de petróleo no Brasil. A programação inclui palestras técnicas, cursos e exposições.
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