Setor Sucroenergético

Sucroenergético em crise com preços e comportamentos

No açúcar, leve recuperação; etanol, queda brusca atrapalha ainda mais o setor.

Redação/ Assessoria
13/10/2014 19:31
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Enquanto o açúcar fechou a semana passada ligeiramente em alta no mercado futuro de NY, comparativamente a semana anterior (10 pontos acima do preço da sexta-feira passada), o preço do etanol continua sendo um fator desanimador para as usinas. Tanto o anidro (para mistura na gasolina) quanto o hidratado (vendido nas bombas) despencaram este mês em dólares 15%, piorando ainda mais o retorno financeiro.
Para o gestor de riscos em commodities agrícolas, Arnaldo Corrêa, especialista no setor sucroalcooleiro, talvez os preços do etanol na bomba possam ajudar o comportamento do consumidor pela escolha deste combustível. "Preços mais baixos trazem a expectativa de maior consumo do produto e, quem sabe, mudar o hábito do consumidor que resiste voltar a usar o etanol quando a paridade permanece por longo período acima dos 70% como ficou", comenta.
O governo, em divulgação do ministro Guido Mantega, sinalizou para um possível aumento da gasolina, em novembro. "Isso eleva psicologicamente o suporte de preços do açúcar brasileiro para o mercado internacional, apoiando a ideia de que deveremos ter menos cana disponível para iniciar a próxima safra", explica.
Além disso, há a possível redução do ICMS no Estado de Minas Gerais sobre o etanol, de 19% para 15% (que será votado, no legislativo, ainda este mês) poderá significar um aumento significativo do consumo no segundo maior mercado consumidor do País.
Devemos ter um consumo adicional de 1,1 bilhão de litros de etanol com a mudança da mistura de 25% para 27,5%. Com uma possível elevação de consumo de etanol em Minas Gerais, estima-se uma queda de 4,5% do preço do combustível na bomba naquele estado. Por outro lado, o dólar mais forte em relação ao real inibe a alta de NY. "Acredito que haverá uma resistência psicológica no nível de R$ 1.000,00 por tonelada FOB, atraindo muitas empresas a pensarem seus hedges", explica Arnaldo.
No açúcar, a produção mundial está estagnada há quatro anos: se pegarmos os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a safra 2014/2015 e compará-los à média das três safras anteriores, houve um acréscimo de apenas 500 mil toneladas. Por esse mesmo critério, Tailândia cresceu 450 mil toneladas, México 400 mil e o resto do mundo 900 mil toneladas. Do outro lado, houve queda do Brasil em 700 mil toneladas e na Rússia 600 mil.
Com o consumo, os números são diferentes: acréscimo de 6,8 milhões de toneladas usando o também o critério acima. China e Índia lideram com aumento de 2,1 milhões e 1,9 milhão de toneladas, respectivamente. O resto do mundo completa o crescimento.
De acordo com Arnaldo, construindo um cenário para o próximo ano, acredita-se que a safra de cana no Centro-Sul vai terminar mais cedo este ano. "Muitas empresas começam a trabalhar com o número máximo de moagem de 545 milhões de toneladas. Esse volume, se confirmado, representa uma redução de 8,71% em relação à safra 2013/2014", avalia o diretor da Archer. Embora seja um pouco cedo as previsões para o próximo ano, em volume de produção, o fato, segundo Arnaldo, é que ninguém espera expansão significativa. "Os mais otimistas indicam um crescimento de 35 milhões de toneladas, ou seja, 580 milhões de toneladas", completa.

Enquanto o açúcar fechou a semana passada ligeiramente em alta no mercado futuro de NY, comparativamente a semana anterior (10 pontos acima do preço da sexta-feira passada), o preço do etanol continua sendo um fator desanimador para as usinas. Tanto o anidro (para mistura na gasolina) quanto o hidratado (vendido nas bombas) despencaram este mês em dólares 15%, piorando ainda mais o retorno financeiro.

Para o gestor de riscos em commodities agrícolas, Arnaldo Corrêa, especialista no setor sucroalcooleiro, talvez os preços do etanol na bomba possam ajudar o comportamento do consumidor pela escolha deste combustível. "Preços mais baixos trazem a expectativa de maior consumo do produto e, quem sabe, mudar o hábito do consumidor que resiste voltar a usar o etanol quando a paridade permanece por longo período acima dos 70% como ficou", comenta.

O governo, em divulgação do ministro Guido Mantega, sinalizou para um possível aumento da gasolina, em novembro. "Isso eleva psicologicamente o suporte de preços do açúcar brasileiro para o mercado internacional, apoiando a ideia de que deveremos ter menos cana disponível para iniciar a próxima safra", explica.

Além disso, há a possível redução do ICMS no Estado de Minas Gerais sobre o etanol, de 19% para 15% (que será votado, no legislativo, ainda este mês) poderá significar um aumento significativo do consumo no segundo maior mercado consumidor do País.

Devemos ter um consumo adicional de 1,1 bilhão de litros de etanol com a mudança da mistura de 25% para 27,5%.

Com uma possível elevação de consumo de etanol em Minas Gerais, estima-se uma queda de 4,5% do preço do combustível na bomba naquele estado.

Por outro lado, o dólar mais forte em relação ao real inibe a alta de NY. "Acredito que haverá uma resistência psicológica no nível de R$ 1.000,00 por tonelada FOB, atraindo muitas empresas a pensarem seus hedges", explica Arnaldo.

No açúcar, a produção mundial está estagnada há quatro anos: se pegarmos os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a safra 2014/2015 e compará-los à média das três safras anteriores, houve um acréscimo de apenas 500 mil toneladas.

Por esse mesmo critério, Tailândia cresceu 450 mil toneladas, México 400 mil e o resto do mundo 900 mil toneladas. Do outro lado, houve queda do Brasil em 700 mil toneladas e na Rússia 600 mil.

Com o consumo, os números são diferentes: acréscimo de 6,8 milhões de toneladas usando o também o critério acima. China e Índia lideram com aumento de 2,1 milhões e 1,9 milhão de toneladas, respectivamente.

O resto do mundo completa o crescimento.

De acordo com Arnaldo, construindo um cenário para o próximo ano, acredita-se que a safra de cana no Centro-Sul vai terminar mais cedo este ano. "Muitas empresas começam a trabalhar com o número máximo de moagem de 545 milhões de toneladas. Esse volume, se confirmado, representa uma redução de 8,71% em relação à safra 2013/2014", avalia o diretor da Archer.

Embora seja um pouco cedo as previsões para o próximo ano, em volume de produção, o fato, segundo Arnaldo, é que ninguém espera expansão significativa.

"Os mais otimistas indicam um crescimento de 35 milhões de toneladas, ou seja, 580 milhões de toneladas", completa.

 

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