Exportação

Subsidiárias da Petrobras podem duplicar comprar a fornecedores nacionais

Cerca de 10% das compras da subsidiárias da Petrobras na América Latina são feitas no Brasil. O Prominp está estruturando um programa para aumentar a participação das empresas nacionais na internacionalização da estatal.


22/03/2006 03:00
Visualizações: 495 (0) (0) (0) (0)

As encomendas das subsidiárias da Petrobras na América Latina a fornecedores brasileiros em 2006 poderão ser o dobro das feitas no ano anterior, mas ainda representarão menos de 20% do total das compras. A informação foi divulgada pelo coordenador do corporativo internacional da Petrobras, Claudio Luiz Fróes Raeder, que aponta a recente internacionalização da companhia como causa para esta tímida participação da indústria brasileira de óleo e gás no exterior.

Raeder foi gerente de compras da Petrobras Colômbia durante 2004 e 2005 e, de acordo com suas informações do US$ 1 bilhão de compras feitas em 2004 no conjunto de países formado por Argentina, Bolívia, Colômbia e Venezuela, apenas US$ 11 milhões eram de encomendas a fornecedores brasileiros. Em 2005, as compras nesses países subiram para cerca de US$ 1,2 bilhão e as encomendas ao Brasil foram incrementadas em quase dez vezes e chegaram a totalizar quase US$ 100 milhões. Para este ano, a expectativa de Raeder é de que para o mesmo volume de compras totais de cerca de US$ 1,2 bilhão a participação de companhias brasileiras chegue a US$ 200 milhões.

O possível aumento das exportações brasileiras também está relacionado com o Programa Prominp Exportação, do qual Raeder assumiu a coordenação. O executivo explcia que o Programa tem o objetivo de incentivar que as subsidiárias da Petrobras comprem no Brasil e abrir o cadastro da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) a companhias associadas à Petrobras no exterior para que elas também possam comprar de empresas brasileiras. Além disso o Programa do Prominp também tem o objetivo de estudar e viabilizar novas formas de crédito para produção ou para o comprador junto ao BNDES. A expectativa do coordenador executivo do Prominp, José Renato Ferreira de Almeida, é de que estas linhas de crédito, se necessárias, sejam criadas ainda no primeiro semestre deste ano.

Os principais entraves para a competitividade do produto e serviço nacional no exterior são de ordem tributária e trabalhista, no entanto, os executivos asseguram que o produto nacional é competitivo.

O Prominp Exportação está escolhendo entre 10 e 15 segmentos da indústria do petróleo e gás para incentivar a internacionalização prioritariamente na América Latina, onde a Petrobras concentra quase 50% de seus investimentos no exterior. Na Colômbia, a Rocol e Ecopetrol, sócias da Petrobras Colômbia, já manifestaram interesse em comprar de indústrias brasileiras ou, pelo menos, convidar empresas para participar de licitações no país.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21