Estaleiros

Sócios terão estaleiro na BA mesmo sem encomendas

O Estaleiro Enseada do Paraguaçu, sociedade entre Odebrecht, OAS e UTC, vai ser construído independente do resultado das licitações bilionárias lançadas pela Petrobras para construir no Brasil um conjunto de sondas de perfuração de poços

Valor Econômico
07/07/2010 09:01
Visualizações: 802 (0) (0) (0) (0)

O Estaleiro Enseada do Paraguaçu, sociedade entre Odebrecht, OAS e UTC, vai ser construído independente do resultado das licitações bilionárias lançadas pela Petrobras para construir no Brasil um conjunto de sondas de perfuração de poços de petróleo. Os sócios do projeto apresentaram propostas para construir navios-sonda para a estatal no novo estaleiro, que vai situar-se próximo à foz do rio Paraguaçu, no município de Maragogipe, região metropolitana de Salvador (BA).

 

 Se ganhar parte das sondas, o estaleiro baiano deve investir cerca de R$ 2 bilhões, dos quais R$ 1,7 bilhão financiados pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), para construir uma unidade com capacidade de processar 60 mil toneladas de aço por ano. A previsão é começar as obras no fim de 2010 e conclui-las em 24 meses, no fim de 2012. Seis meses antes do término do empreendimento, porém, o estaleiro começaria a processar aço. Um dos desafios do estaleiro, caso ganhe a encomenda da Petrobras, será erguer as instalações da unidade ao mesmo tempo em que constrói os navios-sonda.

A Petrobras ainda não divulgou o resultado das licitações das sondas, que tornou-se alvo de uma acirrada discussão. Os participantes questionaram pontos das propostas dos concorrentes.

Os sócios entraram com recursos contra dois concorrentes, mas a empresa não comenta o assunto. A proposta de Odebrecht, OAS e UTC para construção dos navios-sondas considera projeto da norueguesa LMG. E a proposta também conta com a Aker Stord como estaleiro consultor. As sondas encomendadas pela Petrobras destinam-se a operar em lámina d´água de três mil metros (profundidade entre a superfície e o leito do mar).

Se não for bem-sucedido na licitação, o estaleiro deve começar com um projeto menos ambicioso e desenvolver o negócio em etapas. Nesta hipótese, o foco estaria em outras concorrências da Petrobras, inclusive a montagem de "topsides" (unidades que equipam as plataformas) para cascos já licitados pela estatal.

A lógica, portanto, é de que o investimento será de acordo com o tamanho das encomendas. Em fases seguintes, o estaleiro poderia ser expandido e chegar a 140 mil toneladas de capacidade de processamento de aço - semelhante ao do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, que tem capacidade nominal para processar 160 mil toneladas por ano. Tudo vai depender da demanda. A expectativa é que o mercado demande novas unidades de produção e perfuração nos próximos anos a partir do desenvolvimento do pré-sal. Outro cliente em potencial do estaleiro é a Odebrecht Óleo & Gás.



"O projeto das sondas é importante [para o estaleiro], mas houve decisão estratégica dos sócios de fazer a obra pois temos a área e já conseguimos a licença prévia do Ibama", diz Fernando Barbosa, diretor-superintendente do Estaleiro Enseada do Paraguaçu. Segundo ele, os sócios estão trabalhando no projeto há um ano e meio e constituíram uma sociedade, o Estaleiro Enseada do Paraguaçu S.A., com sede em Salvador. A Odebrecht tem 50% do projeto e os outros dois acionistas 25% cada um.



Os acionistas do estaleiro compraram 160 hectares em Maragogipe, às margens do rio Paraguaçu, onde será erguida a unidade. A área fica próxima ao canteiro de obras de São Roque do Paraguaçu, usado pela Petrobras para a construção de plataformas. No momento, os sócios estão negociando o empréstimo para o projeto com os agentes financeiros do FMM. As discussões envolvem Banco do Brasil, BNDES e Banco do Nordeste (BNB). "O foco maior recai sobre o Banco do Brasil, mas não tem nada definido ainda", diz Barbosa.




Fonte: Valor Econômico/ Francisco Góes, do Rio

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Etanol
Pedra Agroindustrial recebe autorização da ANP para inic...
04/08/25
Evento
Biocombustíveis de nova geração ganham espaço na Fenasuc...
04/08/25
Negócio
PPSA vai comercializar 500 mil barris de Atapu em agosto
04/08/25
Descomissionamento
Contrato de embarcações voltadas à campanha de prontidão...
04/08/25
Combustíveis
Etanol registra alta na última semana de julho, aponta C...
04/08/25
Contratos
Oil States consegue novos contratos com a Petrobras
01/08/25
Santa Catarina
SCGÁS garante fornecimento de gás natural em Santa Catarina
01/08/25
Gás Natural
Algás amplia a interiorização do Gás Natural com rede pi...
01/08/25
Energia Elétrica
ONS divulga resultado do 2º Mecanismo Competitivo para c...
01/08/25
Gás Natural
Gasmig reduz tarifas de gás natural para indústrias e ve...
01/08/25
Evento
O principal congresso de END & Inspeção da América Latin...
01/08/25
Brasil
Governo Trump isenta petróleo e derivados de nova tarifa...
01/08/25
Combustíveis
ANP retoma Programa de Monitoramento da Qualidade dos Co...
01/08/25
Evento
Conferência Internacional de Energias Inteligentes acont...
01/08/25
Pré-Sal
MODEC celebra 15 e 10 anos dos FPSOs MV20 e MV26
31/07/25
Biodiesel
Produção de biodiesel em MT sobe 4,64% em junho no compa...
31/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Sergipe Oil & Gas 2025 reforça protagonismo do estado na...
31/07/25
Acordo
Assinado acordo de leniência com empresas de energia e i...
31/07/25
Evento
Congresso da FIEE debate segurança energética em cenário...
31/07/25
Rio Grande do Sul
Sindienergia-RS e Países Baixos fortalecem conexões para...
30/07/25
Sergipe Oil & Gas 2025
Comquality é destaque em Painel sobre segurança de Proce...
30/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22