<P>Com previsão de produzir anualmente 300 mil toneladas de aço para abastecer o mercado interno, Ian Correa, vice-presidente da Siderúrgica Norte Brasil S.A (Sinobras), localizada em Marabá, região do Carajás, iniciou oficialmente a comercialização do aço produzido no Pará. A governadora ...
Agência ParáCom previsão de produzir anualmente 300 mil toneladas de aço para abastecer o mercado interno, Ian Correa, vice-presidente da Siderúrgica Norte Brasil S.A (Sinobras), localizada em Marabá, região do Carajás, iniciou oficialmente a comercialização do aço produzido no Pará. A governadora Ana Júlia Carepa, acompanhada de secretários de Estado, parlamentares e lideranças municipais visitou as instalações do complexo industrial da siderúrgica e, ao final, descerrou a placa comemorativa em ato que contou com a participação de vários trabalhadores da empresa.
“A Sinobras é de Marabá”, enfatizou Ian Correa, que no início do evento apresentou um vídeo contando a história dos 29 anos da empresa pertencente ao Grupo Aço Cearense, que exporta para dezenove de países e é referência no setor metalúrgico brasileiro, com unidades no Ceará e, há três anos, no Pará. Depois de dois anos investindo neste projeto, em maio deste ano, a Sinobras realizou os primeiros testes com as lâminas de aço produzidas pela empresa de Marabá, como o vergulha SI 50 e o tarugo. A produção de minério de ferro é voltada exclusivamente ao mercado nacional.
A siderúrgica destaca-se ainda por ser a maior recicladora do Norte/Nordeste, onde foi pioneira. A Sinobras, segundo o vice-presidente, prioriza o desenvolvimento sustentável e assumiu o desafio de tornar realidade a colocação do Pará na “era da verticalização”.
Para chegar à produção final e comercialização do aço, a empresa investiu cerca e R$ 300 milhões, gerando 1.700 empregos diretos na implantação, assim como 1.050 diretos e 10.500 na operação. A escolha de Marabá deu-se pela localização geográfica estratégica, disponibilidade e matéria-prima, mercado e desenvolvimento sócio-econômico da região.
Ian Correa ressaltou que a Sinobras “acredita no trabalho de pessoas do bem” e entregou à governadora uma peça composta por um pedaço da primeira lâmina de aço produzida no Pará, com a base trabalhada em madeira por um artesão local. Emocionada, Ana Júlia agradeceu e anunciou que, pelo trabalho de excelência e pela contribuição no desenvolvimento do Estado, Ian Correa receberá, na próxima segunda-feira 15, na Assembléia Legislativa, o título de Cidadão do Pará. Ela também ganhou uma lembrança com amostras de todos os minérios que formam o vergalhão.
A governadora agradeceu o trabalho dos colaboradores da empresa (engenheiros, mecânicos etc), que somam cerca de 700 e detrabalhadores que também recebem capacitação da empresa, como o marabaense Jefferson da Silva, técnico mecânico. “Vejo isso como uma oportunidade a mais para muitos no Estado. A gente está se profissionalizando num mercado que antes não existia e o crescimento do mercado de trabalho deixa a população satisfeita. Isso é bom não só para o município como para o Estado”.
Investimentos - O secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Maurílio Monteiro, lembrou que a empresa contribuirá significativamente com a meta prevista pelo governo de alcançar o valor de R$ 60 bilhões do Produto Interno Bruto (PIB) até o ano de 2010. Maior importador de aço do Brasil, a empresa é um dos maiores recolhedores de ICMS e impostos federais do estado do Ceará.
Ana Júlia Carepa destacou as obras de infra-estrutura em andamento no sudeste do Estado, como a recuperação e a construção de estradas e portos fluviais, bem como a finalização das eclusas de Tucuruí - previstas para serem concluídas em 2009, obras que ajudarão no escoamento dos produtos: “Com a construção dos portos vamos conseguir colocar o aço da Sinobras em todo o Pará”.
“Esse é o novo modelo de desenvolvimento do Pará. Estamos mostrando para o Brasil inteiro que ele pode ser uma realidade”, frisou Ana Júlia Carepa, para quem o governo estadual assume o papel de indutor deste processo. Ela enfatizou que, até 2012, a meta é atingir o valor de R$ 60 milhões em investimentos no Estado, primando pela sustentabilidade e pela forma igualitária de governar para todos os 143 municípios paraenses.
Nesse sentido, a governadora falou da importância do apoio do presidente Lula à Amazônia, lembrando que a hidrovia paraense é a única que está incluída no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).
Modelo – Clayton Labes, diretor de sustentabilidade da Sinobras, explicou que a empresa tem capacidade de produzir mais de 1000 tarugos por dia, dependendo das equipes de trabalho. A meta é chegar à produção de 500 mil toneladas por ano. A grandiosidade da produção, entretanto, respeita criteriosos controles de qualidade e sustentabilidade.
Toda sucata recebida na sidúrgica, por exemplo, passa pela verificação de presença de radioatividade. No circuito fechado desenvolvido pela empresa, esclarece Labes, a água é reaproveitada, com perdas somente pela evaporação. Já o sistema de bombeamento evita a poluição ambiental ao jogar os gases para o auto forno, ao mesmo tempo que gera energia para o funcionamento das máquinas. O complexo também comporta duas estações de tratamento de esgoto.
O trabalho de reflorestamento da Sinobras é outro destaque, gerando cerca de 400 empregos diretos e 1000 indiretos. O Plano de Sustentabilidade prevê ainda, até 2014, produção de carvão vegetal capaz de auto-sustentar a Sinobras. São mais de 24 mil hectares de áreas próprias, sendo que cerca de 10.700 hectares já foram plantados nas fazendas e 3.3000 estão em fase de plantio, o que resultará em 16 milhões de novas árvores.
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