Natal recebe até esta quinta-feira (11) alguns dos maiores pesquisadores da área química do país, no Simpósio de Química da Petrobras. O evento marca o Ano Internacional da química, estabelecido pela ONU em comemoração ao centenário do recebimento do primeiro Prêmio Nobel por Marie Curie - física polonesa que recebeu duas vezes a premiação.
Durante a programação, os participantes discutem temas como a evolução e a situação da química no país, a qualidade e formação dos preços de combustíveis, a química analítica, a química e a corrosão, além da contaminação das águas subterrâneas do Natal. O tema de maior destaque, no entanto, é a dificuldade enfrentada para garantir a formação de novos profissionais na área química.
“Hoje formamos no país aproximadamente quatro mil químicos por ano. Esse número não é suficiente para atender a crescente demanda em nosso país, o que significa que temos um déficit na formação de profissionais da área. Isso representa um grande desafio atual”, afirmou o professor Jailson de Andrade, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
O tema também foi tratado por Sônia Maria Cabral, doutora em química e consultora da Petrobras no Centro de Pesquisas da Companhia, que acrescentou que a necessidade de mão-de-obra ocorre pelo grande número de desafios como o pré-sal, por exemplo. “Hoje a área química tem inúmeros desafios que precisam ser vencidos e quem fará isso são os novos profissionais que estão entrando no mercado de trabalho aliados a experiência das pessoas que já construíram o conhecimento que temos hoje”, afirmou.
O evento prossegue com palestras sobre a Química e as Energias Renováveis, Nanotecnologia, Avanços tecnológicos em química analítica ambiental, entre outros.
O Simpósio está ocorrendo na sede da Petrobras em Natal e contará ainda com a participação de representantes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), do Conselho Nacional de Química em Natal e de outras Instituições.