Tecnologia

Siemens investe em tecnologia submarina

<p>A empresa enfrenta um desafio in&eacute;dito: montar um sistema de distribui&ccedil;&atilde;o de energia el&eacute;trica submarino que funcione a tr&ecirc;s mil metros abaixo da l&acirc;mina d'&aacute;gua. A tecnologia &eacute; apontada pela Petrobras como pe&ccedil;a-chave para o desenvolvim

Jornal do Commercio
23/08/2011 14:32
Siemens investe em tecnologia submarina Visualizações: 614 (0) (0) (0) (0)
O diretor-presidente da divisão de Óleo e Gás da Siemens Brasil, Welter Benício, afirma que a empresa enfrenta um desafio inédito: montar um sistema de distribuição de energia elétrica submarino que funcione a três mil metros abaixo da lâmina d'água. A tecnologia é apontada pela Petrobras como peça-chave para o desenvolvimento de poços em águas profundas. Por trás deste objetivo está o investimento no centro tecnológico da Siemens, a ser construído até 2012 na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e a aquisição de duas empresas de tecnologia submarina - Bennex e Poseidon.

As duas aquisições, realizadas em julho por US$ 105 milhões, fazem parte da estratégia da Siemens em desenvolver tecnologia própria. "As duas são empresas de engenharia submarina", explica Benício.

"Como estamos apostando muito nesse sistema elétrico, a Siemens entendeu que estas tecnologias que são importantes deveriam estar dentro da casa". O executivo informa que, embora sejam empresas norueguesas, com atuação em Houston, no Texas, como o Brasil é o maior centro para utilização deste tipo de tecnologia, é natural que as duas empresas aportem aqui.

O executivo enfatiza, no entanto, que não haverá uma Bennex Brasil, ou Poseidon Brasil, mas sim treinamento dos profissionais brasileiros.

"No país, nós temos um expertise em engenharia submarina. Neste nicho, queremos ter gente treinada em novas tecnologias". De acordo com ele, o centro na UFRJ terá iniciativas para desenvolver o sistema de distribuição de energia norueguês.

Benício explica que o desafio em si não está em fabricar o equipamento, mas em fazêlos funcionar a três mil metros de profundidade. "O esforço existe em colocar os equipamentos, marinizá-los e ter sua confiabilidade aumentada, pois não se pode fazer intervenções toda hora. Eles têm que poder funcionar sem necessidade de conserto por um tempo médio de cinco anos", afirma o executivo.

Segundo ele, alguns componentes já foram desenvolvidos, mas nunca nas circunstâncias atuais. A recompensa dos esforços da companhia virão por meio de contratos com as operadoras de poços de petróleo, afirma Benício.

O trabalho de pesquisa e desenvolvimento está concentrado na Noruega. "Vamos inaugurar um centro de pesquisa submarina por lá", diz Benício. O executivo afirma que já em 2013 deverão ser feitos os primeiros testes em águas rasas. O objetivo final é transferir o máximo da tecnologia para as operações brasileiras.


Conteúdo Local

Uma das preocupações da empresa no momento são as exigências de conteúdo local feitas pela Petrobras para as interessadas em fornecer equipamentos.

De acordo com Benício, a Siemens tem conseguido atender ao percentual solicitado pela estatal, que varia de 30% a 52%, dependendo do equipamento. "Até agora, conseguimos atender, em alguns casos com dificuldade", ressaltou.

Benício afirma que já existe sinalização de exigência de até 70%. "Temos ouvido no mercado, não só da Petrobras, que em determinados escopos que nos afetam, vão se começar com conteúdo local mais baixo que vai se elevar até 70%, verificado por meio de documentação. É um valor alto, é um desafio". Segundo ele, parte dos investimentos de US$ 600 milhões da empresa para o país até 2016 foca justamente em aumentar o conteúdo nacional de produtos oferecidos pela Siemens.

O executivo enfatiza que a última medida tomada pelo governo federal para ajudar a indústria, o Plano Brasil Maior, tem impacto positivo nas operações das Siemens. "Nos afeta, pois temos um grupo que trabalha com desenvolvimento de software". O plano do governo prevê desoneração na folha de pagamento para empresas que desenvolvem software, informa Benício.

Ele ressalta, no entanto, que ainda falta uma política de incentivos para produção nacional.

"Para localizar nossa produção, precisamos de uma base de fornecedores sólida, não dá para ter conteúdo local de 50%, sem base de fornecedores, sem estímulo." Um dos grandes vilões apontados pelo executivo é o câmbio". Quem está na indústria de capital há mais de 20 anos, vê que se precisa fazer muito esforço para se ser competitivo.
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