Diário do Nordeste - CE
Depois de amargar consecutivas quedas de preços desde o acirramento da crise internacional, a indústria siderúrgica começa a reverter esta tendência. Além de reduzir os descontos que eram concedidos, o setor já fala na possibilidade de praticar aumentos de preço até o final do ano. Segundo fontes do mercado e distribuidores de aço, a Usiminas elevou o preço da chapa grossa em 10% neste mês, depois de reduzir o preço do produto em 35% neste ano, e deve ser seguida por outras empresas.
A tendência se sustenta principalmente na recuperação do preço do aço no exterior, que deve proteger as siderúrgicas brasileiras da concorrência dos importados. Do lado da demanda interna, a retomada ainda é tímida e seria insuficiente para justificar aumentos, embora os estoques estejam voltando aos níveis usuais.
Desde o início do ano, os preços dos aços planos caíram em média 22,9% no mercado interno. No mercado externo, o preço da bobina a quente, usada como referência, chegou a US$ 430 em junho, menos da metade dos US$ 1,2 mil registrados no auge do mercado, em meados de 2008. Agora, os preços chegaram a US$ 580 por tonelada no exterior, impulsionados pela recuperação gradual da economia, não apenas na Ásia mas também em países da Europa e nos Estados Unidos, onde a indústria está passando por um processo de recomposição de estoques.
A volta das alíquotas de importação do aço, definida pelo governo brasileiro em junho, também ajuda a deixar as usinas brasileiras em uma situação mais confortável em relação ao aço importado e abre uma janela para o reajuste.
Fale Conosco
22