Unidade será inaugurada hoje, na Unicamp.
Ascom Shell
Com o apoio da Shell, a Unicamp inaugura hoje (25) de novembro, um novo laboratório para pesquisas de etanol de segunda geração. Fruto de investimentos de R$ 7,9 milhões da companhia em infraestrutura e equipamentos, a unidade será voltada a estudos de caracterização de biomassa gerada a partir do bagaço da cana-de-açúcar, ajudando a garantir um futuro de segurança energética aliado ao alívio de pressão sobre áreas cultivadas para consumo alimentar. Estarão presentes na cerimônia de abertura o presidente da Shell no Brasil, André Araujo; o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge; e representantes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O convênio entre a Shell e a Unicamp foi assinado em 2008 e atende a uma exigência da ANP – que demanda que 1% da receita bruta de campos que atinjam um determinado nível de produção seja revertido em projetos de pesquisa e tecnologia. O projeto desse laboratório conta com recursos vindos da receita de Bijupirá, na Bacia de Campos.
A construção do espaço de pesquisa em Campinas compõe um orçamento anual de mais de US$ 1 bilhão investidos pela Shell em pesquisa e desenvolvimento ao redor do mundo, o que coloca a empresa em uma posição de liderança entre as companhias internacionais de energia. Em dezembro, a Shell espera inaugurar o maior tanque estratigráfico da América Latina, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O projeto
O Laboratório de biocombustíveis de segunda geração tem 1.300 m² de área construída e será coordenado pela Faculdade de Engenharia Química da Unicamp. A unidade de pesquisa foi construída em um ângulo estratégico, propício ao uso da iluminação solar durante a maior parte do dia, reduzindo de forma significativa a utilização de energia elétrica. Além disso, o laboratório conta com sistema de coleta de águas pluviais e reatores que economizam energia, visando a sustentabilidade e diminuição dos impactos ambientais.
Biocombustíveis de Segunda Geração
Os biocombustíveis são desenvolvidos a partir de biomassa vegetal, que absorve CO2 da atmosfera durante seu crescimento. Por isso, são considerados mais sustentáveis, produzindo mais energia sem a necessidade de aumentar as áreas de plantio. Levam o nome de biocombustíveis “de segunda geração” porque são provenientes do bagaço – fração não alimentícia do vegetal.
No Brasil, a Shell produz, por meio da Raízen – joint venture com a Cosan – o biocombustível de menor emissão de carbono disponível comercialmente, o etanol de cana-de-açúcar, que pode chegar a níveis de emissão até 70% menores que os da gasolina ao longo de toda a cadeia de produção. Além disso, a companhia anglo-holandesa trabalha constantemente para melhorar a eficiência energética de suas próprias operações.
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