Todos os nove estados da Amazônia Legal Brasileira receberão experimentos, em uma rede de parceria para estimular pesquisa, ensino e extensão
Assessoria ShellA Shell Brasil formalizou nesta terça-feira, dia 02 de agosto, uma parceria com o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA) e Krilltech – startup oriunda da Embrapa e UnB – com o objetivo de desenvolver soluções para recuperação de áreas degradadas em nove estados da Floresta Amazônica. O projeto, intitulado de “Aplicações da nanobiotecnologia para recuperar áreas degradadas na Amazônia: Uma experiência florestal de pesquisa, ensino e extensão”, foi lançado durante uma cerimônia em Manaus.
O evento contou com a participação dos desenvolvedores do projeto e com toda a rede de instituições da Amazônia Legal Brasileira que receberão os experimentos. O principal objetivo da iniciativa é compreender os impactos da Arbolina (nanomolécula desenvolvida pela Krilltech) na aceleração do crescimento de espécies nativas do bioma Amazônico, com potencial impacto nos custos dos projetos de reflorestamento.
Os efeitos da produtividade, assim como as características ecofisiológicas, acúmulo de carbono, e até mesmo a viabilidade econômica de diferentes sistemas de plantio sobre áreas degradadas, serão foco da pesquisa. Uma ferramenta de MRV (Measurement, Reporting and Verification), desenvolvida por outra startup brasileira, a TREEVIA, será aplicada para medir em tempo real a circunferência das árvores e, através de equações, informará os estoques de carbono acima do solo em tempo real.
“A Shell tem como objetivo chegar a 2050 com emissão líquida zero de carbono, com base na estratégia global ‘Impulsionando o Progresso’, que considera como seus pilares, além da redução de emissões absolutas e transição energética, o respeito à natureza, o impulsionamento de vidas e geração de valor. Nesse contexto, e considerando que a Amazônia é a região que abriga a maior parte da floresta tropical remanescente do mundo, com um quarto da biodiversidade terrestre e mais espécies de peixes do que qualquer outro sistema fluvial do planeta, preservar e contribuir para a recuperação desse bioma é de fundamental importância para o Brasil e para o planeta”, ressalta Carolina Rio (foto), coordenadora de projetos de pesquisa e desenvolvimento da Shell Brasil.
“Esse projeto, em parceria com INPA e Krilltech, tem como objetivo a criação de soluções e tecnologias para recuperação de áreas degradadas, contribuindo para assimilação de carbono, recuperação de processos ecológicos e até produtivos, atendendo aos pilares estratégicos, com impacto tecnológico social e econômico”, afirma.
O projeto é financiado pela Shell, utilizando os recursos oriundos da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A duração prevista da iniciativa é de 3 anos. Ela faz parte da carteira de Pesquisa e Desenvolvimento em Soluções Baseadas na Natureza da Shell, sob gerência de Alexandre Breda, e que tem Carolina Rio na coordenação das atividades. O Professor Dr. José Francisco de Carvalho Gonçalves, do INPA, é o coordenador técnico, e conta com Adamir da Rocha Nina Junior (IFAM), Josiane Celerino de Carvalho (INPA) e Karen Cristina Pires da Costa (UNIFESSPA) no comitê científico.
Mais investimentos na Amazônia
No mês passado, a Shell anunciou um investimento de R$ 200 milhões na Carbonext, maior desenvolvedora de projetos de geração créditos de carbono REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação) do Brasil, tornando-se sócia minoritária da companhia. O recurso será utilizado para investimento em tecnologia embarcada nos projetos de preservação florestal e para o desenvolvimento de novas áreas de negócios, como bioeconomia e reflorestamento na Floresta Amazônica. O acordo marcou a entrada da Shell no negócio de Soluções Baseadas na Natureza no país.
Fale Conosco
21