Papel da indústria foi destaque em debate sobre desafios do setor de energia no primeiro dia do Rio Innovation Week
Redação TN Petróleo/Assessoria IBPA importância do setor energético no processo de descarbonização da economia, aliada a necessidade de investimentos em tecnologia e inovação e a integração com empresas e startups foram alguns temas tratados no painel "Oportunidades e Desafios do setor de energia em 2022", no Energy Hub Summit, no primeiro dia do Rio Innovation Week, nesta quinta-feira (13/1).
A diretora executiva Corporativa do IBP, Cristina Pinho (foto), destacou a necessidade de direcionar investimentos em P&D, gerenciar a demanda de energia e promover a atuação conjunta de empresas, indústria e sociedade no processo de transição energética. Cristina reforçou o papel que os combustíveis fósseis terão na sustentação da transição energética global. "Não é possível a transição energética sem o fóssil. Não adianta querer eliminar a oferta agora. Temos de tratar da demanda e ter investimentos fortes em tecnologia. O fóssil garante segurança energética e receita para investimento em tecnologia para o processo de descarbonização", disse a executiva, ressaltando que somente 40% das necessidades tecnológicas para a transição estão disponíveis. O restante, diz, encontra-se em projetos-piloto ou em desenvolvimento.
Karine Fragoso, diretora-geral da ONIP e gerente de óleo e gás da FIRJAN, compartilha de uma visão semelhante e destaca o potencial do gás natural na transição energética brasileira, diante da enorme oferta oriunda das reservas do pré-sal. "Sabemos o que precisamos fazer nessa transição. Temos de falar sobre integração energética, pauta antiga no nosso mercado. Quando olhamos para o gás e outras energias, a necessidade de fazer a integração das fontes é fundamental. Olhamos com visão de oportunidade", enfatizou Fragoso.
Hudson Mendonça, líder do MIT REAP no Brasil – programa regional de aceleração de empreendedorismo, apresentou o EnergINN, um programa de formação e pré-incubação de pesquisadores, universitários e profissionais que desejam atuar em inovação em larga escala. De acordo com Mendonça, o objetivo é transformar o Rio de Janeiro em um "Vale do Silício" do setor de energia.
"O Rio tem centros de excelência em várias áreas, mas poucas start ups. Pretendemos triplicar o número de start ups no Rio no segmento", ressaltou o pesquisador. O programa está com inscrições abertas até 21 de janeiro deste ano e deve começar a as atividades em janeiro de 2023. O EnergINN terá duração de nove meses e os participantes terão acesso a formação empreendedora, mentoria técnica, laboratórios e desenvolvimento de soft skills (liderança, criatividade, negociação).
O Rio Innovation Week segue até o dia 16 de janeiro. O evento, que tem o objetivo de impulsionar negócios, gerar novas oportunidades e conectar setores e investidores, contará ainda com a participação de Fernanda Delgado, diretora executiva corporativa do IBP, em um painel sobre as transformações do setor de energia no dia 16, às 11h. Já Melissa Fernandez, gerente de tecnologia e inovação do IBP, é a convidada do painel "Mulheres e a diversidade no setor de energia", que acontece no dia 15 de janeiro, a partir das 10h15.
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