Redação TN Petróleo/Assessoria IBP
A presidente do IBP, Clarissa Lins (foto), destacou, na abertura da Rio Oil & Gas 2020, a resiliência e capacidade de adaptação do setor em meio à crise provocada pela Covid-19, que teve forte impacto sobre a indústria de óleo e gás no Brasil e no mundo. “Esse ano tem sido especialmente desafiador, mas mantivemos as operações e garantimos o abastecimento necessário. Mostramos para todos que o essencial não pode faltar”, afirmou.
A executiva ressaltou que o setor se depara com “números desafiadores”, mas mostra-se empenhado em superar a situação atual. Para ilustrar o ambiente mais hostil, a presidente do IBP destacou a projeção de queda de 6% da demanda por energia e de 30% dos investimentos, ambos dados da Agência Internacional de Energia, e de retração de 5% do PIB mundial – previsão do FMI.
Para fazer frente a esse cenário, disse Clarissa Lins, o Brasil precisa se manter aberto e competitivo, sempre orientado pela transição energética em curso rumo a uma economia de baixo carbono.
O ministro Bento Albuquerque, por sua vez, elencou os avanços recentes na regulação e os bem-sucedidos leilões de blocos em 2019, com arrecadação de R$ 84 bilhões só em bônus de assinatura, que “vão alavancar investimentos muito superiores” nos próximos anos. No horizonte à frente, o ministro afirmou que os desafios são promover e consolidar a abertura dos mercados de gás natural e de refino, que vão trazer investimentos ao país e cuja abertura leva à possibilidade de preços mais competitivos.
O governador em exercício do Rio de Janeiro, Claudio Castro, destacou a importância da Rio Oil & Gas para chamar atenção para o setor e ajudar na atração de investimentos para o estado. Castro também reforçou a relevância da indústria de óleo e gás para o Rio de Janeiro. “O setor é um dos principais para o desenvolvimento social e econômico do nosso estado. Além de movimentar a economia, gera emprego e renda. E seguimos otimistas. O ano de 2021 será de grandes desafios e já temos boas previsões.”
O governador em exercício lembrou ainda que, segundo previsão da Firjan, o setor vai gerar 26 mil empregos diretos para o Rio de Janeiro até 2024.
Já o diretor-geral interino da ANP, Raphael Moura, ressaltou a força da indústria nesse momento de crise e a necessidade de o país se manter competitivo para atrair investimentos neste cenário mais desafiador. “A pandemia afetou mais a indústria do que qualquer outro evento recente da nossa história. São muitas as incertezas, que apontam para necessidade de sermos mais competitivos. É preciso ter foco em sustentabilidade e eficiência das nossas operações. Não há outro caminho para a indústria de petróleo e gás.”
De acordo com Moura, “não só as empresas precisarão ser mais eficientes, mas também os marcos regulatórios têm de se adaptar e se aprimorar” neste novo ambiente, a fim de ajudarem a reduzir custos e mitigarem riscos, em um esforço para aumentar a atratividade do país. “Precisamos agir de forma rápida e eficiente”, reforçou.
Raphael Moura ressaltou ainda que, mesmo diante de incertezas, a exportação do petróleo brasileiro este ano alcançou recorde, e a produção nacional deve superar 5 milhões de barris/dia em 10 anos. “Como órgão regulador, temos de assegurar que essas transformações ocorrerão de forma efetiva, resultando assim em um ambiente de mercado diverso, competitivo, capaz de atrair investimentos e, principalmente, beneficiar o consumidor final, sem descuidar, claro, do abastecimento nacional”, completou o diretor-geral interino da ANP.
Inovação – Rio Oil & Gas 100% digital
Cristina Pinho, diretora executiva corporativa do IBP e chair da Rio Oil & Gas, ressaltou que a pandemia permitiu “um salto de inovação” ao evento. “Essa é a edição mais inovadora de todas as já realizadas pelo IBP em sua história”. Neste ano, o evento é, pela primeira vez, 100% digital, com debates sobre upstream, dowstream, transição energética, diversidade, liderança feminina, entre outros temas.
Clarissa Lins, presidente do IBP, destacou a renovação e a reorientação estratégica do IBP, que passou a representar todos os elos da cadeia do setor por meio da criação de uma associação para o dowstream, que vive uma fase importante de abertura desse segmento.
A Rio Oil & Gas 2020 é patrocinada pela Petrobras, Equinor, Shell, BR Distribuidora, Ipiranga, bp, Chevron, ExxonMobil, Raízen, Total, Petrogal, Repsol Sinopec Brasil, Siemens Energy, Braskem, Enauta, PetroRio, Salesforce, Dow, Oracle, Solvay, TBG, Techint, United Airlines, Vallourec e Wintershall DEA.
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