<P>As obras para construção do Terminal de Múltiplo Uso (TMUT) do Porto do Pecém (Ceará) dificilmente serão iniciadas ainda este ano. A afirmação é do secretário de Infra-estrutura do Estado, Luiz Eduardo Barbosa de Moraes, diante da decisão judicial em caráter liminar de suspensão...
Diário do NordesteAs obras para construção do Terminal de Múltiplo Uso (TMUT) do Porto do Pecém (Ceará) dificilmente serão iniciadas ainda este ano. A afirmação é do secretário de Infra-estrutura do Estado, Luiz Eduardo Barbosa de Moraes, diante da decisão judicial em caráter liminar de suspensão da licitação do projeto.
Lançado em setembro último, o novo processo licitatório para a construção do terceiro píer do Porto do Pecém foi suspensa, na noite da última quarta-feira, pelo juiz da 2ª vara da Fazenda Pública, Francisco Chagas Barreto Alves. Na decisão, o magistrado acatou o pedido da Construtora Marquise, que alegou irregularidades na licitação.
Com a decisão judicial, a abertura dos envelopes com as propostas das empreiteiras, que estava prevista para hoje, foi adiada por tempo indeterminado. Segundo Luiz Eduardo Moraes, 34 empresas compraram o edital de concorrência pública e 26 teriam visitado o Porto do Pecém, e o local do píer, cumprindo uma das exigências para participar do processo.
SIDERÚRGICA - Orçado anteriormente em R$ 268 milhões, e alterado agora para R$ 421,1 milhões, o projeto é, segundo o secretário, imprescindível para a instalação da usina siderúrgica Ceará Steel, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. A licitação é para a construção do terceiro píer, que irá abrigar o terminal de carga de Gás Natural Liqüefeito (GNL), necessário para abastecer a siderúrgica, declarou Moraes.
Após a reeleição, o presidente Lula da Silva vem constantemente defendendo a construção da Ceará Steel, como projeto importante para o desenvolvimento não só do Ceará como do Nordeste.
NOVO ESCOPO - De acordo com o titular da Seinfra, o incremento de R$ 153 milhões no valor da licitação ocorreu porque o escopo da obra foi alterado. Conforme disse, o comprimento do quebra-mar dobrou. Foi ampliado de 750 metros para 1.500 metros. O secretário ressalta que as readequações do projeto exigiram a aplicação de novas tabelas de preços.
A tabela utilizada na licitação de março, que foi deserta (não apareceram interessados), foi a de nº 9, e agora foi aplicada a de nº 11, justificou. Ele informa que as correções das tabelas são normais e realizadas duas vezes por ano, como forma de corrigir distorções e realinhar preços.
A Seinfra rebate denúncias contidas no processo, e acatadas pelo juiz, de que o Estado não tem licença ambiental para a licitação. A licença provisória para realização dos estudos ambientais nós temos. O que nos falta é apresentar um modelo matemático das obras de ampliação, explicou o coordenador de Transportes e Obras da Seinfra, Marcílio Rocha.
Segundo o coordenador, a licença de ampliação do Porto do Pecém foi solicitada ao Ibama, em 2002. Estamos há quatro anos, fornecendo documentos e no dia 27 de agosto último o Ibama nos pediu mais um, declarou Rocha. O órgão solicitou estudos de modelagem do comportamento dos parâmetros oceanográficos (possíveis impactos da obra no mar). Segundo a Seinfra, os estudos estão em fase final de elaboração pelo Instituto Nacional de Pesquisa Hidroviária (INPH), e devem estar prontos até o dia 15 próximo.
Fonte: Diário do Nordeste
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