Jornal do Commercio
As duas refinarias que a Petrobras pretende construir simultaneamente, destinadas à exportação de derivados, ficarão no Nordeste. Além da unidade do Maranhão, que já havia tido anúncio antecipado pelo ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, haverá outra no Ceará. As unidades, que devem começar a operar entre 2013 e 2014, consumirão em torno de US$ 20 bilhões de investimentos.
A estatal não confirma ainda oficialmente a localização das refinarias, mas segundo fontes da empresa, a decisão foi tomada na última reunião de diretoria, na quinta-feira da semana passada. A estratégia é deixar que os governos estaduais - do Maranhão e do Ceará - anunciem os empreendimentos. Indagado sobre o assunto, o diretor de Abastecimento e Refino da estatal, Paulo Roberto Costa, confirmou apenas a existência do projeto para a segunda refinaria, mas não informou a localização.
Com as duas unidades, a companhia vai elevar em quase um milhão de barris de petróleo sua capacidade de exportação diária, que atualmente está em torno de 500 mil barris, incluindo petróleo bruto e derivados. A vantagem dessas duas unidades também será a de agregar maior valor ao produto exportado. Hoje, a estatal exporta o petróleo muito pesado produzido no País e que tem preço subvalorizado no mercado internacional.
De acordo com fontes da empresa, a maior das refinarias, no Porto de Itaqui, no Maranhão, terá capacidade para processar 600 mil barris por dia e deve entrar em operação a partir de 2013. No máximo um ano depois, começam as atividades na segunda refinaria do tipo Premium (que produz derivados de maior qualidade, destinados ao mercado externo) a ser instalada no Porto de Pecém, no Ceará. Nesta segunda unidade serão processados 300 mil barris por dia.
O Ceará e o Maranhão já vinham disputando os investimentos em refino, desde a época em que a estatal escolheu o Porto de Suape, em Pernambuco, para construir a Refinaria Abreu e Lima, em parceria com estatal venezuelana PDVSA. A unidade pernambucana vai processar 200 mil barris de petróleo por dia a partir de 2010 e conta com investimentos de US$ 4 bilhões.
A Petrobras também está investindo na construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que vai processar 150 mil barris diários e produzir matéria-prima para a indústria petroquímica a partir de 2011. Os investimentos no Comperj são de US$ 8,4 bilhões.
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