Cluster norueguês vai auxiliar à estruturação do cluster subsea no Estado.
Redação TN
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, assinou nesta terça-feira (17) um termo de cooperação com a NCE (Norwegian Centres of Expertise) Subsea – a associação do Cluster Subsea da Noruega. O objetivo do acordo é a utilização do know how do cluster norueguês para auxiliar à estruturação do cluster subsea no Rio de Janeiro. Pelo NCE Subsea, assinou o convênio o diretor da associação, Trond Olsen. Também participaram da assinatura, a cônsul geral da Noruega no Rio, Helle Klem; a diretora da Innovation Norway no Brasil, Helle Moen e o subsecretário estadual de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial, Marcelo Vertis.
De acordo com Vertis, o cluster de subsea Rio de Janeiro quer atrair e apoiar o desenvolvimento de fabricantes e subfornecedores de equipamentos submarinos para o Estado, que é responsável por mais 80% da produção de petróleo e gás natural brasileiro.
"Este é um acordo de desenvolvimento de negócios que vai beneficiar ambos os países. Vamos procurar buscar estabelecer um ambiente de negócios que aproxime as empresas e promova acordos de cooperação tecnológica para o segmento subsea, pois a Noruega possui um grau de inovação muito alto", explica o subsecretário.
Segundo o executivo, atualmente, a cadeia de fornecimento subsea no país conta com cerca de 80 empresas, entre as quais a FMC Technologies, Aker Solutions, GE, Oil States e a norueguesa NOV. Entretanto, isso deve ser ampliado para atender o crescimento dos pedidos da indústria subsea, principalmente devido as encomendas da Petrobras no mercado.
"Sendo muito otimista, podemos prever que nos próximos cinco anos, a quantidade de empresas ligadas ao segmento subsea pode quadruplicar no estado do Rio de Janeiro", afirma Vertis. Hoje no Rio existem 35 empresas subsea (27 de serviços e oito de produtos) instaladas, que empregam quase 1,2 mil funcionários.
Diante dessa demanda, Vertis indica a utilização de um distrito industrial exclusivo para o segmento, o polo Navipeças, que está sendo construído em Caxias e está em fase de licenciamento ambiental. "Lá as empresas poderão escoar com mais facilidade a saída de produtos e equipamentos destinados à exploração de óleo e gás offshore, pois o polo fica às margens da Baía de Guanabara", reforça.
A modelagem do polo subsea fluminense conta com a parceria da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis), Federação da Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ) e Rio Negócios. O desenvolvimento do espaço físico, assim como disponibilização de infraestrutura e negociação de benefícios tributários às empresas, estão sendo conduzidos pela Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro (Codin).
"Esse é o primeiro acordo assinado entre o governo do Estado e um organismo estrangeiro de desenvolvimento da indústria offshore. Mas pretendemos utilizar oscanais formais de contato (consulados) para estabelecer novos acordos de cooperação internacionais", conclui Vertis.
Na foto (da esquerda para a direita): Marcelo Vertis, subsecretário estadual de Energia, Logística e Desenvolvimento Industrial; Julio Bueno, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços; Trond Olsen, diretor do NCE Subsea; e Helle Klem, cônsul geral da Noruega no Rio.
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