Redação/Assessoria
Associação Brasileira de Biogás e Biometano, Alessandro Gardemann, e a diretora executiva da associação, Camila Agner, discutiu na última segunda-feira, 26 de março, com o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles, e o subsecretário de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Jr., o fortalecimento do biogás e do biometano na matriz energética paulista.
Durante o encontro foi realizada uma homenagem ao trabalho da pasta de fomento ao setor nos últimos anos. "Estamos felizes em saber que o secretário Meirelles é um grande entusiasta do biogás e do biometano, uma importante fonte de energia no Estado de São Paulo. Isso mostra que os planejadores do setor energético estão se dando conta das vantagens econômicas e ambientais do biogás e do biometano".
Gardermann lembrou ainda que o biometano é a única fonte de energia primária com pegada negativa de carbono. Além disso, é um combustível renovável com oferta em bases firmes.
"Esse reconhecimento é principalmente para o governador Geraldo Alckmin, que incentiva a expansão das energias renováveis. O biogás e o biometano fazem parte da estratégia do Estado de fortalecimento da matriz energética e de redução das emissões de CO2", explica Meirelles.
A Secretaria de Energia e Mineração instalou em março de 2017 o Comitê Paulista de Biogás, que estudou o percentual de inserção do biometano no gás natural canalizado, bem como os impactos dessa mudança no mercado.
A medida foi aprovada pelo Cepe – Conselho Estadual de Política Energética e fará parte do PPE – Programa Paulista de Energia 2030, que será encaminhada para avaliação do governador do Estado.
O Programa Paulista de Biogás busca diversificar o suprimento energético, consolidar as cadeias produtivas de energias renováveis aliando o desenvolvimento de polos tecnológicos no Estado e estimular a geração distribuída aliada com políticas públicas adequadas em consonância com o RenovaBio.
Segundo Abreu Jr, o Estado tem um enorme potencial para o desenvolvimento do biometano. "Possuímos gasodutos em várias regiões de São Paulo com usinas de açúcar e álcool com proximidade da rede de distribuição, que podem produzir biometano e injetar na rede", destaca.
Segundo levantamento da Secretaria de Energia e Mineração, atualmente existem 201 usinas sucroenergéticas no Estado, sendo que 66 delas estão a 20 quilômetros da rede de gasodutos.
Outro potencial de geração de energia elétrica é o biogás produzido por meio de resíduos sólidos urbanos. O Estado de São Paulo produz uma média de 53 mil toneladas de lixo por dia, o que representa uma potência instalada de 70 megawatts a partir de biogás de aterros sanitários. Caso fosse totalmente aproveitado, estima-se que o potencial de geração de energia de todo o lixo seria suficiente para abastecer em 30% a demanda de energia elétrica atual do Brasil.
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