Queda

Santos reduz previsão de crescimento

<P>A acentuada queda nas exportações pelo porto de Santos e o baixo crescimento das importações provocaram um saldo negativo de 6,2% no total de cargas movimentadas no primeiro trimestre, com efeitos inusitados nas projeções para 2008. A Codesp, administradora estatal do complexo portuário, q...

Valor Econômico
14/05/2008 00:00
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A acentuada queda nas exportações pelo porto de Santos e o baixo crescimento das importações provocaram um saldo negativo de 6,2% no total de cargas movimentadas no primeiro trimestre, com efeitos inusitados nas projeções para 2008. A Codesp, administradora estatal do complexo portuário, que havia estimado um crescimento de 6,4% para 86 milhões de toneladas neste ano, reviu esse dado para apenas 2,9%, o que representa uma perda de carga equivalente a 3,2 milhões de toneladas.

O fator cambial, nas exportações, e a greve dos auditores fiscais da Receita, nas importações, são atribuídos como pesos negativos no desempenho do porto, cuja receita, como para a maior parte do segmento de logística, depende de volumes movimentados.

Em março, último dado disponível, as importações declinaram 28,6%, para 1,9 milhão de toneladas, mas o trimestre fechou com alta de 9,5%, para 4,7 milhões de toneladas. Nas importações os sinais negativos aparecem em março e no trimestre como um todo, respectivamente 14,9% e 6,8%. O que está ocorrendo no porto paulista é o mesmo que em toda a balança comercial brasileira. Com o real valorizado, as operações acabam encarecendo em dólar.

Um comparativo entre os primeiros trimestres de 2007 e 2008 mostra que a tonelada média embarcada por Santos subiu para US$ 1.291, em 2008, ante os US$ 1.087 do ano anterior, com alta de 18,8%. Em termos nacionais, esse indicador avançou 19,5%, de US$ 329,4 para US$ 393,7, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Para os últimos doze meses, até março, os números de Santos mostram uma estabilização no movimento, alta de 0,69%, com queda de 2,6% nas exportações e aumento de 6,92% nas importações. A carga geral, ou não-fracionada, nos dois fluxos, declinou 14,4% relativamente a igual período anterior.

José Di Bella Filho, presidente da Codesp, aposta em uma recuperação dos números e até lamenta que nas comemorações do primeiro ano da Secretaria Especial de Portos (SEP), Santos se apresente com dados negativos. Ele espera que produtos como a soja, fertilizantes e álcool continuem a crescer, além das exportações de veículos, que foi represada por um incêndio de navio ocorrido junto ao terminal especializado do porto.

O porto é reflexo do comércio e como tivemos uma queda de 31,9% nos embarques de açúcar, nosso carro-chefe, há esse fator negativo. Outros itens negativos foram os péletes cítricos (77,8%), carnes (18,9%) e óleos de origem vegetal (47,2%).

Conforme Di Bella, como os investimentos no porto são de longo prazo, estamos preparados para as variações temporárias e inexiste qualquer sinalização de reversão das expectativas. Uma das saídas que os terminais de açúcar buscam, segundo o presidente da empresa, é o de se consorciarem com os de grãos, a fim de otimizarem suas instalações e operações.

Na área de contêineres, que trabalhou nos últimos anos com crescimentos superiores a 10%, o trimestre em Santos acusou mais 3,2% em Teu (sigla em inglês para contêineres de 20 pés), ou 616.773 unidades. O Tecondi, terceiro maior terminal da espécie em Santos, que projetava subir mais de um dígito neste ano, admite rever essa meta que foi otimista, para menos, com base no desempenho geral do porto, depois de sua performance de 281.822 Teu em 2007. Luiz Araújo, diretor comercial da empresa, sem revelar a nova meta, aceita que os mercados europeu e americano estabilizaram a demanda e revela que está com perspectivas de novos contratos para o Extremo Oriente em geral, com as armadoras Nyk Line e Hyundai, com as quais esperamos um aumento de 30% na importação. O Tecondi investe R$ 170 milhões para dobrar sua movimentação de contêineres.

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