<P>A decisão da Justiça de impedir a operação da DNP Indústria e Navegação na Hidrovia Tietê Paraná já afeta o Porto de Santos. O complexo deixou de movimentar 35 mil toneladas de granéis sólidos desde o último dia 2 de dezembro, devido a uma batalha jurídica que não tem data para ter...
A Tribuna - SPA decisão da Justiça de impedir a operação da DNP Indústria e Navegação na Hidrovia Tietê Paraná já afeta o Porto de Santos. O complexo deixou de movimentar 35 mil toneladas de granéis sólidos desde o último dia 2 de dezembro, devido a uma batalha jurídica que não tem data para terminar e envolve a companhia de navegação e a Marinha do Brasil. Não chega a ser um grande prejuízo, segundo a Codesp,queacreditanumaresolução para a situação até o fim desta semana.
É um problema pontual que será resolvido a curto prazo, antes da safra. Não vejo como não solucionar essa questão rapidamente, argumenta o diretor Comercial e de Desenvolvimento da Codesp, Carlos Helmut Kopittke.
Segundo o executivo, o prejuízo do Porto de Santos com a paralisação da atividade da DNP decorre de uma mudança na logística de exportação dos alimentos. A opção de trazer essa carga por caminhões até Santos se mostrou mais cara que levar para outro porto.
Enquanto a DNP estava em operação, a produção de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e, em menor quantidade, Rondônia, Tocantins e Minas Gerais era transportada pela hidrovia até Pederneiras (390 quilômetros de distância de Santos),de onde vinha atéo cais por ferrovia, ou até Anhembi (310 quilômetros de Santos), onde era alocada em caminhões para dar sequência à logística de exportação até o porto. No ano passado, a DNP levou 1,2 milhão de toneladas de granéispelos riosTietêeParaná. Kopittke diz que o complexo não chegou a ter um grande prejuízo. É uma gota no oceano, minimiza. Considerando o mais recente balanço divulgado pela Codesp, referente a outubro último, o porto movimentou em um mês 7,2 milhões de toneladas. Neste universo, as 35 mil toneladas representam 0,5%.
O diretor da Docas admite, entretanto, que os reflexos poderão ser maiores caso a paralisação se estenda até o período de safra de grãos, que começa com força na segunda quinzena do próximo mês.
DNP
Odiretor-executivo da DNP In- dústria e Navegação, Pedro Burin, informou que os dois pilotos suspensos em 2 de dezembro de 2008 receberam nova punição. Eles voltariam ao trabalho em 2 de janeiro último, mas foram suspensos por mais 30 dias. Continuamos parados, define Burin.
A empresa, que tem a Caramuru Alimentos como principal cliente no Porto de Santos, transporta cerca de 200 mil toneladas de alimentos por mês, entre a segunda quinzena de fevereiro e o final de julho. A eventual mudança de modal desta carga do hidroviário para o rodoviário representará 6.600 caminhões a mais, todos os meses, nas estradas do interior paulista.
Este será mais um impacto para o setor, avisa o executivo da DNP. A partir do momento em que essa carga começar a ser transportada por rodovia, haverá uma maior procura por caminhões e os preços do frete aumentarão mais ainda. É a lei da oferta e da procura, que aumenta ou abaixa o custo-Brasil.
A Marinha informou que hoje terminam as restrições a alguns pilotos e, se a DNP pagar o que deve, poderá voltar a operar.
A Caramuru Alimentos foi procurada por A Tribuna, mas informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não se pronunciará sobre o assunto.
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