<P>O porto de Santos, após quase duas décadas de expansão no movimento de cargas, pode fechar 2008 com uma amarga queda, provocada pela redução nas exportações. O movimento de cargas no primeiro semestre, quando comparado com o mesmo período do ano passado, é 4,1% menor. Nos primeiros seis ...
Valor EconômicoO porto de Santos, após quase duas décadas de expansão no movimento de cargas, pode fechar 2008 com uma amarga queda, provocada pela redução nas exportações. O movimento de cargas no primeiro semestre, quando comparado com o mesmo período do ano passado, é 4,1% menor. Nos primeiros seis meses foram movimentadas 37,3 milhões de toneladas.
O acumulado dos últimos 12 meses, de 79,2 milhões de toneladas, fica 1,1% aquém do total do ano passado, quando Santos cresceu 5,9%. O último resultado negativo tinha sido registrado em 1991, quando houve uma queda de 2,3% e o porto operou o equivalente a 28,4 milhões de toneladas. Considerado um ano ruim para a balança comercial.
A Codesp, estatal administradora de Santos, que costuma prever a performance anual do porto, dessa vez evitou qualquer previsão. As anteriores foram sucessivamente reduzidas, desde que foi previsto um aumento superior a 6% para este ano.
O movimento de exportação continua a capitanear a redução do desempenho do terminal santista. No semestre esse fluxo caiu 6,4%, para 24,1 milhões de toneladas, enquanto as importações, no período, avançaram 0,6%, para 13,1 milhões de toneladas.
Junho, no entanto, apontou tendência inversa, com performance positiva para os embarques, com alta de 1,3% e um total de 4,9 milhões de toneladas. Já as importações caíram 4,8%, somando 2,2 milhões de toneladas. No mês, o total movimentado somou 7,1 milhões de toneladas, queda de 0,7% em comparação com igual mês de 2007.
A Codesp aponta o açúcar como um dos principais motivos do desempenho do semestre, quando embarcou 4,7 milhões de toneladas, menos 17,1% ante igual período de 2007. Outros produtos que apresentaram queda nos embarques foram as carnes (13,7%) e o diesel e outros combustíveis (51,5%). No sentido contrário, aliviaram a balança o álcool, com alta de 22,7% (1 milhão de toneladas), e o complexo soja, com mais 33,3% (6,4 milhões de toneladas).
Os contêineres continuaram com seu novo ritmo, inferior a dois dígitos de crescimento. No semestre, foram movimentados 1.253.291 Teus (unidades de 20 pés), com elevação de 3% sobre 2007, com a característica de mais carga por unidade. O peso total respectivo subiu 6,4%, para 13,9 milhões de toneladas.
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