Localizado nas proximidades de uma das regiões mais carentes da Baixada Santista, junto ao estuário do porto de Santos, no município de Guarujá, o terminal de contêineres (Tecon) da Santos Brasil, forma, neste ano, 28 planejadores de operações de p&aac
Valor EconômicoDe um lado, a falta de pessoal habilitado; de outro, menores em situação de risco social. O preenchimento dessas lacunas explica a criação de um curso para formar planejadores de operações portuárias, para estagiários do terceiro grau, e outro de assistente de operações de terminal portuário, destinado aos adolescentes.
Localizado nas proximidades de uma das regiões mais carentes da Baixada Santista, junto ao estuário do porto de Santos, no município de Guarujá, o terminal de contêineres (Tecon) da Santos Brasil, forma, neste ano, 28 planejadores de operações de pátio e navios e outros 20 adolescentes, de 15 a 17 anos, selecionados entre quase uma centena de candidatos, procedentes de famílias de baixa renda serão assistentes de operação.
"Temos dois focos: qualificar mão de obra, pela escassez e deficiência no mercado, visando o aumento da produtividade, e trabalhar na inclusão social", conta Caio Morel, diretor administrativo da Santos Brasil. O terminal, que acaba de adquirir seis portêineres da última geração, ao custo de US$ 54 milhões, prevê a necessidade de pessoal capacitado à programação e ao comando desses equipamentos. Três já estão em seus pátios, enquanto outros três chegarão a Santos nos próximos dias.
Aberto ao mercado, para admissão e posterior colocação, sem exclusividade para a Santos Brasil, o curso para estagiários do terceiro grau é procurado por estudantes de administração de empresas, engenheiros de produção, comércio exterior, tecnologia da informação, entre outros, de ambos os sexos. Gratuito, cumpre seis horas diárias de aulas, compostas por grades específicas, dadas por sete monitores.
Para o pessoal interno, segundo Morel, a empresa mantém cursos contínuos, dentro do projeto Banco de Talentos. "Treinamos, por exemplo, operadores de empilhadeiras ´stackers´ com simuladores, o que dá uma boa base teórico-prática para o profissional, que vem de uma categoria inferior e aspira a subir. Se aprovado, entra no banco de talentos, para ser aproveitado na primeira oportunidade", afirma Morel. O mesmo processo é utilizado para outras funções.
Marco Antonio de Oliveira, gerente de operações do Tecon, supervisor dos programas de treinamento, explica que o curso para adolescentes - Escola Santos Brasil Formare - é oferecido a estudantes do último ano do segundo grau, do período noturno. São oito horas diárias de aulas, incluído o reforço escolar, ministradas por voluntários da empresa, acompanhadas de refeições, uniforme e vale-transporte. Quando formados, depois de um ano de curso, poderão ser admitidos na mesma corporação, havendo vagas. "São jovens extremamente carentes que, de outra forma, dificilmente entrariam numa profissão no nível em que são preparados", aposta Oliveira.
Em 2010, a Mesquita Soluções Logísticas, do grupo Santos Brasil, também abrirá um curso no modelo "formare", destinado a 20 adolescentes de baixa renda, residentes no bairro da Alemoa, entrada de Santos, onde está localizada a sede da empresa. Será especializado em logística. A Santos Brasil opera cerca de 1,3 milhão de Teus (contêineres equivalentes a 20 pés) por ano, em seus três terminais no país (Guarujá/SP, Imbituba/SC e Vila do Conde/PA).
Fale Conosco
21