Oriente Médio

Sanções já criam risco de escassez de gasolina no Irã

Valor Online
26/07/2010 12:27
Visualizações: 206 (0) (0) (0) (0)
O Irã já está sentindo os efeitos práticos das sanções internacionais impostas tanto pela ONU quanto pelos EUA unilateralmente. A produção de petróleo e gás está abaixo de sua capacidade por causa do temor das grandes petroleiras em operar no país e a importação de gasolina está prejudicada. Analistas dizem que pode haver escassez de combustível no país no médio prazo.
 

Grandes transportadoras marítimas estão se recusando a transportar gasolina para o país, temerosas de se tornarem alvo de retaliações em seus negócios nos EUA. Com isso, o Irã aumenta a dependência em relação a navios com sua bandeira para a importação de combustível. Apesar de ter a terceira maior reserva de petróleo do mundo e a segunda maior reserva de gás, o país não tem capacidade de refino suficiente para suprir seu mercado doméstico, tornando-se dependente das importações.
 

Além disso, dezenas de navios de bandeira iraniana não têm conseguido renovar seus seguros.
A Lloyd ' s anunciou no início do mês que suspenderia os seguros para a importação de gasolina pelo Irã. Analistas dizem que outras grandes empresas do setor devem seguir o exemplo da britânica.
 

"Os navios com bandeira iraniana estão tendo problemas em todo o mundo por não terem seguro, por causa das sanções. Basicamente o que pode acontecer é a maior parte dos portos impeça a entrada deles se não estiverem cobertos contra danos", disse Mohammad Rounaghi, diretor da Sea Pars, empresa iraniana que presta serviços para donos de frotas de navios e para companhias de seguro marítimo.
 

A esperança para o Irã pode ser aumentar a relação comercial com a Rússia e a Índia, dois países que disseram que vão manter uma relação legal com o país - o que significa que poderiam vender produtos básicos e até mesmo combustíveis, se dentro de uma quantidade liberada pela ONU.
 

No mês passado, a francesa Total se juntou a uma crescente lista de empresas que interromperam a venda de gasolina ao Irã. A espanhola Repsol disse ter se retirado de um contrato para desenvolver parte da extensa reserva de gás South Pars, no Golfo Pérsico.
 

Mesmo a produção de petróleo e gás do país já vem se ressentindo das sanções. Grandes companhias, como a noruguesa Statoil, a austríaca OMV, a japonesa Inpex e a russa Lukoil, já se recusaram a assinar grandes contratos com o governo iraniano.
 

Outras petroleiras, como a malasiana SKS e as chinesas Sinopec e CNPC, entraram no mercado iraniano, mas o setor de energia do país está operando bem abaixo de seu potencial, segundo analistas.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

23