Negócios

Ryerson une-se à Açofran e entra na América do Sul

Valor Econômico
12/03/2012 15:59
Visualizações: 247 (0) (0) (0) (0)
Líder na distribuição e processamento de metais na América do Norte - aços planos, longos e especiais, alumínio e ligas de níquel -, a americana Ryerson Inc. acaba de pôr os pés no Brasil, estreando sua operação na América do Sul. Com faturamento na casa de US$ 4 bilhões, a empresa comprou 50% da brasileira Açofran Aços e Metais. Fundada em 1982, a Açofran é uma pequena distribuidora de São Paulo, do ramo de aços ferramenta e aços especiais longos, controlada por três sócios: Ivo Godoi Jr., Eduardo Tesche e Omar Silva.

O negócio foi viabilizado por meio de uma injeção de capital, cujo valor não foi revelado. A Açofran é a sexta aquisição da Ryerson em dois anos. A companhia, sediada em Chicago, estado de Illinois, é controlada pelo fundo Platinum Equity. Além dos EUA e Canadá, está presente no México e na China.

A Açofran será uma porta de entrada no mercado brasileiro, admite a direção da Ryerson. "Vamos continuar a explorar vias para expandir nossa presença global e diversificar nosso portfólio", disse em comunicado o presidente e CEO da Ryerson, Mike Arnold. Para ele, "o Brasil é um mercado grande e crescente e esse investimento dá a Ryerson um importante ponto de partida na América do Sul". Essa operação, destacou, vai permitir ao grupo entrar em novos mercados e atender melhor seus clientes globais.

Com faturamento de R$ 20 milhões, a Açofran movimenta 2 mil toneladas ao ano. Com a união, espera tirar proveito do know-how da nova sócia para crescer no mercado brasileiro e avançar em outros segmentos de atuação, como os de óleo e gás, energia e infraestrutura. "Nossa meta é triplicar a receita em cinco anos", afirmou Eduardo Tesche, que foi definido como novo CEO da empresa.

A Açofran foi criada no início dos anos 80 por um grupo familiar que ficou à frente do negócio até 2008. É especializada em corte e distribuição de aços especiais, aço-ferramenta e de construção mecânica, este último aplicado na indústria automotiva. O setor automotivo é responsável por metade das vendas, informou Tesche.

O mercado em que atua movimenta cerca de 20 mil toneladas de aços-ferramenta e 600 mil de aços para construção mecânica ao ano. Seus principais concorrentes são Açotubo, Sacchelli e GGD Metals, todas com gestão familiar. A empresa se abastece no mercado interno (Villares Metals e Gerdau), mas importa de 50% a 60% dos produtos que vende, aproveitando-se do câmbio e de condições comerciais favoráveis.

Após adquirirem a empresa, Tesche e Godoi Jr. decidiram prepará-la para buscar um sócio estratégico. Antes disso, trouxeram para o projeto Omar Silva, que estava deixando suas funções de vice-presidente industrial na Usiminas, depois de 40 anos de atividades. "Durante seis meses conversamos com vários grupos e acabamos optando pela Ryerson", diz Godoi Jr., que é executivo no grupo Promon.

Segundo ele, que atuará apenas no conselho da Açofran, assim como Omar Silva, a união com o grupo americano trará, além de capital, expertise operacional e no setor de distribuição. "Considerando sua escala, alcance global e compromisso com o crescimento, a Ryerson é a parceira ideal".

A Ryerson terá três representantes no conselho da Açofran: o CEO Mike Arnold, Kevin Richardson (presidente de negócios da região Sudeste) e Terence Rogers, diretor de finanças (CFO) da companhia.

Richardson diz que o objetivo é ampliar as linhas de produtos e mercados finais da Açofran e explorar oportunidades para desenvolver o investimento na América do Sul por meio de mais aquisições". Antes, desde janeiro de 2010, a Ryerson adquiriu cinco empresas nos EUA: Texas Steel Processing, Cutting Edge Metal Processing, SFI-Gray Steel, Singer Steel e Turret Steel Industries.

Neste ano, informa Tesche, a empresa espera crescimento de 25% nas vendas na comparação com 2011. "As importações afetaram muito o setor de autopeças no ano passado". Para ele, o mercado deve ter recuperação com as medidas do governo para frear a entrada de produtos finais. Além disso, a Ryerson deve abrir acesso a clientes dela no país, como autopeças, montadoras e sistemistas.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
TN 151 - Especial ROG.e 2024
A reinvenção dos campos maduros offshore
30/09/24
ROG.e 2024
Forte presença da Oil States na ROG.e
30/09/24
Apoio Offshore
Oceânica promove campanhas em torno da saúde e do bem-estar
30/09/24
Meio Ambiente
Diante da crise climática, gigantes como Petrobras, Bras...
30/09/24
Pernambuco
Porto de Suape irá receber R$ 2 bilhões com a instalação...
30/09/24
Apoio Offshore
Estudo mostra possível redução nas emissões de poluentes...
30/09/24
Etanol
Hidratado valoriza 2,28% na semana e anidro volta a subi...
30/09/24
ROG.e 2024
GE Petróleo e Gás lança curso pioneiro em simulação de p...
28/09/24
ROG.e 2024
Com stand temático e palestra sobre ESG e circularidade,...
28/09/24
ROG.e 2024
O livro "A História da Inovação no Brasil", é lançado du...
27/09/24
Energia Elétrica
ENGIE é vencedora de principal lote do leilão de transmi...
27/09/24
ROG.e 2024
Grupo Bravante participa da ROG.e 2024
27/09/24
ROG.e 2024
ANP debate segurança operacional no E&P durante a ROG.e
27/09/24
ROG.e 2024
Abertura do mercado de gás avança com mais agentes e pre...
27/09/24
ROG.e 2024
Durante o encerramento da ROG.e, Petrobras reafirma o co...
27/09/24
Etanol
ORPLANA atualiza impacto dos incêndios para 414 mil hect...
27/09/24
Negócio
Por US$ 1.915 bilhão, a PRIO fica com 40% do Campo de Pe...
27/09/24
ROG.e 2024
TPAR - Terminal Portuário de Angra dos Reis, presente na...
26/09/24
ROG.e 2024
Presença da Tenenge na ROG.e 2024 marca o retorno das gr...
26/09/24
ROG.e 2024
Foresea economiza quase R$ 1 milhão por ano com digitali...
26/09/24
Acordo
Petrobras assina memorando de entendimento com YPF da Ar...
26/09/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

20