Preços

Rússia diz que ainda há risco de excesso de produção de petróleo e queda nos preços

Reuters, 10/06/2019
10/06/2019 18:02
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A Rússia ainda vê riscos de um excesso de produção de petróleo levar a uma queda acentuada nos preços, disse o ministro de Energia do país nesta segunda-feira, sugerindo que o governo russo pode apoiar uma prorrogação de cortes de oferta em uma reunião de países produtores no próximo mês.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e alguns países não membros, incluindo a Rússia, um grupo que ficou conhecido como "Opep+", estão cortando a produção desde janeiro para impulsionar os preços da commodity.

Mais cedo nesta segunda-feira, o ministro saudita de Energia, Khalid al-Falih, disse que a Rússia é o único exportador ainda indeciso sobre a necessidade de prorrogar os cortes até o final do ano, segundo a agência Tass— o pacto fechado pela Opep+ vence originalmente neste mês.

Em separado, o ministro russo das Finanças, Anton Siluanov, disse que os preços do petróleo poderiam cair a até 30 dólares por barril se a Opep e seus aliados decidissem não continuar com os cortes.

"Isso não está descartado. Depende muito, é claro, da situação do mercado no segundo semestre, no terceiro trimestre, e do equilíbrio entre oferta e demanda", disse o ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, em uma conferência de imprensa, sentado ao lado de al-Falih.

Ele também disse que tensões comerciais e sanções são um fator que influenciará a decisão.

"Na verdade, há grandes riscos de sobreprodução. Mas, como um todo... nós precisamos analisar mais profundamente e ver como os eventos vão se desenvolver em junho para tomar uma decisão equilibrada na reunião conjunta da Opep+ em julho."

Falih disse que tanto a Rússia quanto a Arábia Saudita, assim como o grupo Opep+, têm trabalhado para tomar medidas "preventivas" que evitem uma forte queda nos preços do petróleo.

Em entrevista à agência Tass, Falih disse que há um desentendimento com a Rússia sobre a prorrogação dos cortes em uma reunião em Viena nas próxima semanas.

"Então eu acredito que o único país que precisa embarcar agora é a Rússia... há um debate dentro do país, obviamente, sobre o volume exato que a Rússia deveria estar produzindo no segundo semestre", afirmou ele, segundo a agência.

O presidente russo Vladimir Putin disse na semana passada que Rússia e Opep têm divergências sobre o que seria um preço justo para o petróleo, mas afirmou que uma decisão conjunta será tomada quando os lados se sentarem para discutir a política de produção.

O presidente da petroleira russa Rosneft, Igor Secchin, um poderoso executivo do setor, alertou que uma prorrogação dos cortes pode ser uma ameaça estratégica para o país, ao permitir que os EUA tomem participação dos russos no mercado de petróleo.

 

 

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