Opep

Rússia disse à Opep que novos cortes de produção não funcionariam

Reuters, 11/03/2020
11/03/2020 21:38
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A forte queda de preços do petróleo verificada nesta semana havia se tornado inevitável, disse à Reuters nesta quarta-feira o vice-ministro de Energia da Rússia, acrescentando que cortes de produção da commodity deixaram de fazer sentido, uma vez que ainda não é claro o quão profundo será o impacto do coronavírus sobre a demanda.

Em reunião na semana passada, que culminou com o colapso do acordo entre a Rússia e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para redução de oferta, a Opep propôs cortes adicionais de 1,5 milhão de barris por dia (bpd), pedindo que os russos realizassem um corte extra de 300.000 bpd.

Sem acordo com os russos, a Arábia Saudita tem ameaçado inundar o mercado com petróleo, o que levou os preços a uma forte queda na segunda-feira, que chegou a mais de 30%, com novo recuo nesta quarta-feira.

Pavel Sorokin, vice-ministro de Energia da Rússia, descreveu a tarefa de ampliar os cortes —que teria dobrado o compromisso de restrição de oferta do país para 600.000 bpd— como tecnicamente difícil.

Ele afirmou que não havia sentido em novos cortes até que todos pudessem entender o quão acentuada pode ser a queda da demanda por petróleo.

“Nós não podemos lutar contra uma situação de queda de demanda quando não há clareza sobre qual ponto seria o fundo do poço (para a demanda)”, disse Sorokin. Ele esteve em todas as reuniões conjuntas ao lado de seu chefe, o ministro Alexander Novak, e concedeu à Reuters a primeira entrevista desde os encontros da semana passada.

Divulgação

“É muito fácil ficar rodando em círculos quando, cortando uma vez, você entraria em uma situação ainda pior em, digamos, duas semanas: os preços do petróleo se recuperariam brevemente antes de cair de novo, à medida que a demanda continua a diminuir.”

A Rússia propôs a extensão dos cortes de produção que já estavam em vigor na Opep+, aliança do país com o cartel, de 1,7 milhão de bpd, por pelo menos mais um trimestre, para que o real impacto do coronavírus sobre a demanda fosse avaliado.

A Opep, no entanto, não aceitou a sugestão. Com isso, a partir de 1º de abril, todos os produtores da Opep+ poderão bombear petróleo sem restrições.

“Nós vemos a (atual) situação do mercado como previsível, embora desagradável... (Mas) o mercado e as forças do mercado vão regulá-lo rapidamente”, disse ele, acrescentando que a Rússia acredita que os preços encontrarão equilíbrio em torno de 45 dólares a 55 dólares por barril.

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