Iniciativa da Enseada consolida o Estado como polo estratégico na matriz energética nacional
Redação TN Petróleo/AssessoriaA partir deste ano, o Complexo Naval, Industrial e Portuário Enseada, localizado em Maragojipe, no Recôncavo Baiano, deverá se tornar a principal rota logística para o transporte de componentes eólicos de grande porte destinados aos parques eólicos da Bahia e de outros estados do Nordeste. Isso será possível graças a um contrato firmado entre Enseada e Petrobras, em dezembro de 2023, para locação parcial de área do Canteiro de São Roque do Paraguaçu, que será usada para permitir a passagem das pás eólicas pela rodovia BA-514 (antiga BR-420).
Segundo o Diretor Comercial do Enseada, Carlos Alberto Tsubake, a celebração do contrato representa um fator crucial para viabilizar futuros projetos eólicos na região. “Ao nos consolidarmos como a principal rota logística para o transporte de cargas eólicas de grande porte, não apenas estamos promovendo eficiência, mas também uma significativa redução de custos e mitigação dos riscos de segurança logísticos para os clientes. Isso desempenhará um papel fundamental no desenvolvimento da transição energética, tanto na Bahia quanto no Brasil”, destacou.
Entre 2022 e 2023, o Terminal Enseada recebeu aproximadamente 40 aerogeradores completos destinados ao Estado da Bahia, no âmbito do projeto “Tanque Novo”. A eficiência utilizada na iniciativa ganhou destaque em março do último ano, quando a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) reconheceu a Enseada, empresa do Grupo Novonor, e a CGN, cliente no projeto, com um prêmio em virtude da excelência e inovação da técnica logística utilizada, que permitiu a antecipação da operação do parque em mais de 60 dias.
Segundo a Enseada, o contrato firmado com a Petrobras assegura a consolidação da rota logística e a continuidade dessas operações no Terminal, contribuindo para o alcance de metas ambientais e o avanço econômico regional e nacional. A retomada deverá resultar ainda na geração de empregos para as comunidades locais e um aumento de arrecadação de impostos para as prefeituras envolvidas. Para Tsubake, a iniciativa reflete o comprometimento da Enseada com o desenvolvimento sustentável. “A reabertura dessa rota logística não fortalece apenas a competitividade da infraestrutura energética brasileira, mas também promove impactos positivos nos aspectos socioeconômicos da região do Recôncavo Baiano e na vida de centenas de famílias”, completou.
Atualmente, a Bahia desempenha um papel preponderante na geração de energia eólica, contribuindo com 35% da capacidade instalada no cenário nacional, segundo dados da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE). O comprometimento do Estado com a expansão desse setor é notável, tendo mais de 9,6 GW (Gigawatts) contratados, o equivalente a 2 mil aerogeradores a serem instalados até o ano de 2028, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
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