Energia

Rolls-Royce planeja atuar em geração nuclear no Brasil

Valor Econômico
17/02/2011 12:01
Visualizações: 159 (0) (0) (0) (0)
A meta do governo brasileiro de construir pelo menos mais quatro usinas nucleares até 2030 pode abrir espaço para a entrada da Rolls-Royce nesse mercado no país. Atualmente, a companhia britânica atua no Brasil nos setores de serviços, energia, aeroespacial e marítimo.
 
 
Em visita ao país, o presidente mundial da empresa para o setor de energia, Andrew Heath, encontrou-se no início da semana com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para "descrever o que fazemos" não apenas no setor nuclear, mas na geração de energia e no apoio a atividades de exploração e produção de petróleo offshore.
 

"Estamos olhando como podemos trabalhar com o programa nuclear brasileiro", disse Heath, lembrando que a empresa esteve envolvida no desenvolvimento do programa britânico de submarinos nucleares e atualmente provê e opera sistema de controles para grande parte das centrais nucleares francesas.
 

Heath fez questão de frisar que não há ainda uma decisão tomada a respeito da entrada no mercado nuclear no Brasil e que tudo dependerá do andamento do projeto do governo para o setor.
 

Uma eventual investida no setor nuclear poderá contribuir para a meta de que o Brasil seja o principal motor do crescimento da companhia na América do Sul. Os planos são ambiciosos e o objetivo é dobrar o faturamento no continente, para cerca de US$ 1,4 bilhão em 2020.
 

Além das duas centrais em operação - Angra 1 e Angra 2 -, já foi iniciada a construção de Angra 3, que deve ficar pronta até 2015, ao custo estimado de R$ 10,4 bilhões. Até o fim do primeiro trimestre, a Eletronuclear espera apresentar ao governo um atlas com as melhores localizações para a instalação das demais usinas do país.
 
 
O plano do governo federal é construir de quatro a oito usinas até 2030 e inicialmente foram analisados locais às margens do rio São Francisco e nos Estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe, que poderiam receber parte dessas unidades.
 

"Alguns dos nossos equipamentos já estiveram no passado em alguns dos protótipos nucleares que a Marinha teve", lembrou o presidente da Rolls-Royce para a América do Sul, Francisco Itzaina.
 

Enquanto o programa nuclear brasileiro não deslancha, o foco da companhia britânica no país está no setor de óleo e gás. Depois de anunciar, na segunda-feira, a construção de uma nova unidade no Rio de Janeiro para montagem e testes de pacotes de turbinas industriais a gás para o setor de petróleo, que vai consumir US$ 40 milhões, Heath informou que outra novidade será construção de um centro de treinamento para profissionais que comandam embarcações no país.
 

Atualmente, há no Brasil mais de 100 embarcações desenvolvidas a partir de projetos da Rolls-Royce operando no apoio às atividades de óleo e gás. Heath destacou que, para comandar uma embarcação, o treinamento dentro do navio pode levar até um ano. Com o simulador que a empresa pretende trazer para o país, esse tempo pode cair para semanas.
 

"Temos simuladores desenvolvidos na Noruega. Podemos replicar aqui para treinamento", frisou o presidente mundial.
 

Francisco Itzaina acrescentou que as instalações deverão estar prontas até 2012 e os investimentos nessa máquina farão parte da previsão de aporte de US$ 100 milhões - incluindo os US$ 40 milhões na nova unidade no Rio de Janeiro - que a companhia pretende fazer no país este ano.
 

"Grande parte dos equipamentos será construída aqui, mas o simulador será importado", disse Itzaina, lembrando que a expectativa de contratação de embarcações de apoio para o pré-sal, de até 250 navios em dez anos, abre potencial para US$ 3 bilhões em negócios no setor.
 

Heath ressaltou que o objetivo é acompanhar o crescimento previsto nos próximos anos para a Petrobras. O executivo ponderou que, do aumento esperado de US$ 700 milhões no faturamento anual da Rolls-Royce na América do Sul até 2020, um terço deverá vir do setor de óleo e gás, principalmente em negócios ligados às atividades da estatal brasileira.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Combustíveis
Preços do diesel, etanol e gasolina seguem tendência de ...
15/07/25
Evento
IBP debate direitos humanos na cadeia de suprimentos de ...
15/07/25
Sustentabilidade
PRIO avança em sustentabilidade e reforça governança cor...
15/07/25
PPSA
Produção de petróleo da União sobe 13,2% e alcança 128 m...
15/07/25
Bacia de Campos
Equinor recebe do Ibama Licença de Instalação do Gasodut...
15/07/25
Firjan
Para tratar sobre o "tarifaço", Firjan participa de reun...
15/07/25
Tecnologia e Inovação
Equinor lança terceira edição de programa de inovação ab...
14/07/25
Fenasucro
Brasil ocupa posição de destaque mundial na cogeração re...
14/07/25
Pré-Sal
FPSO P-78 deixa Singapura rumo ao campo de Búzios
14/07/25
RenovaBio
Lista de sanções a distribuidores de combustíveis inadim...
14/07/25
Gás Natural
Competitividade econômica e sustentabilidade para o Para...
14/07/25
Etanol
Etanol recua na segunda semana de julho, aponta Cepea/Esalq
14/07/25
Petrobras
Angélica Laureano assume como Diretora Executiva de Tran...
11/07/25
Gás Natural
Transportadoras de gás natural lançam nova versão de pla...
11/07/25
Parceria
Equinor e PUC-Rio firmam parceria de P&D de R$ 21 milhões
11/07/25
Resultado
Setor de Óleo e Gás lidera distribuição de proventos em ...
10/07/25
Gás Natural
Comgás recebe 41 propostas em chamada pública para aquis...
10/07/25
Pessoas
Lucas Mota de Lima assume gerência executiva da ABPIP
10/07/25
Biometano
Presidente Prudente (SP) inicia obra de R$12 milhões par...
10/07/25
Combustíveis
Preços do diesel, etanol e gasolina seguem tendência de ...
10/07/25
E&P
Hitachi Energy ajudará a Petrobras a analisar alternativ...
10/07/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.