Eletricidade

Risco de racionamento de energia cresce e supera 40%

Avaliação é da consultoria PSR.

Valor Online
18/02/2014 17:22
Visualizações: 214 (0) (0) (0) (0)

 

O risco de o Brasil ser obrigado a racionar energia neste ano já supera 40%, pelos cálculos da consultoria PSR. De acordo com estudo realizado pela PSR, se a entrada de água nos reservatórios em março e abril não alcançar 77% da média histórica para o período, o país terá que economizar ao menos 4% da energia demandada, o suficiente para suprir a demanda da cidade de São Paulo.
Neste caso, o racionamento teria início em maio e se estenderia até novembro, quando tem início o novo período de chuvas, informou a consultoria, que participou na última sexta-feira de um fórum sobre o tema promovido pelo banco Brasil Plural.
O risco de racionamento de energia não se restringe à falta de chuvas, alertou a consultoria meteorológica Somar, que também fez parte das discussões. A questão envolve a situação hidrográfica resultante do período de seca, já que o solo árido dificulta a volta dos reservatórios aos níveis adequados.
Além disso, embora seja esperada chuva dentro da média histórica entre março e abril, ela deve ser intermitente, o que também dificulta a recomposição dos reservatórios, segundo a Somar.
Com isso, a expectativa é que a entrada de água nos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, responsáveis por 70% da capacidade de armazenamento de água no país, se situe em 48% da média histórica em março e 58% em abril – ou seja, abaixo da estimativa de 77% que desencadearia um racionamento.
Pelos cálculos da Somar, seria necessário que as chuvas em março e abril superassem 130% da média histórica para se evitar o racionamento. A probabilidade de isso acontecer, avalia a consultoria, é “extremamente elevada”, considerando o histórico dos últimos 80 anos.
Quando se tem um janeiro ruim em termos de chuvas, seguido por um fevereiro igualmente fraco, março e abril não tendem a ser muito diferentes, diz a empresa. “Olhando para a sequência de hidrologia ruim em janeiro, fevereiro e março nos últimos 80 anos, apenas um mês de abril apresentou chuvas suficientes para salvar o baixo nível dos reservatórios de meses anteriores”, destaca relatório preparado pelo Brasil Plural com as principais conclusões do evento.
Neste documento, o Brasil Plural lembra que não existe uma regulamentação que aborde perdas com o racionamento. Em 2001, para evitar a falência de empresas do setor, o governo protegeu geradores e distribuidores repassando aos consumidores finais o custo do corte de 20% na demanda que foi imposta ao longo de oito meses – R$ 12 bilhões à época.
A redução da receita, detalha o relatório, foi coberta por empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), quitados pelas distribuidoras após a obtenção de receita com tarifas mais altas cobradas dos usuários.
Para o Brasil Plural, a solução adotada em 2001 não poderia ser aplicada em 2014 e 2015, em caso de racionamento. “O contexto político é menos favorável e o governo está preocupado com o aumento da inflação e a deterioração fiscal”.

O risco de o Brasil ser obrigado a racionar energia neste ano já supera 40%, pelos cálculos da consultoria PSR. De acordo com estudo realizado pela PSR, se a entrada de água nos reservatórios em março e abril não alcançar 77% da média histórica para o período, o país terá que economizar ao menos 4% da energia demandada, o suficiente para suprir a demanda da cidade de São Paulo.

Neste caso, o racionamento teria início em maio e se estenderia até novembro, quando tem início o novo período de chuvas, informou a consultoria, que participou na última sexta-feira de um fórum sobre o tema promovido pelo banco Brasil Plural.

O risco de racionamento de energia não se restringe à falta de chuvas, alertou a consultoria meteorológica Somar, que também fez parte das discussões. A questão envolve a situação hidrográfica resultante do período de seca, já que o solo árido dificulta a volta dos reservatórios aos níveis adequados.

Além disso, embora seja esperada chuva dentro da média histórica entre março e abril, ela deve ser intermitente, o que também dificulta a recomposição dos reservatórios, segundo a Somar.

Com isso, a expectativa é que a entrada de água nos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, responsáveis por 70% da capacidade de armazenamento de água no país, se situe em 48% da média histórica em março e 58% em abril – ou seja, abaixo da estimativa de 77% que desencadearia um racionamento.

Pelos cálculos da Somar, seria necessário que as chuvas em março e abril superassem 130% da média histórica para se evitar o racionamento. A probabilidade de isso acontecer, avalia a consultoria, é “extremamente elevada”, considerando o histórico dos últimos 80 anos.

Quando se tem um janeiro ruim em termos de chuvas, seguido por um fevereiro igualmente fraco, março e abril não tendem a ser muito diferentes, diz a empresa. “Olhando para a sequência de hidrologia ruim em janeiro, fevereiro e março nos últimos 80 anos, apenas um mês de abril apresentou chuvas suficientes para salvar o baixo nível dos reservatórios de meses anteriores”, destaca relatório preparado pelo Brasil Plural com as principais conclusões do evento.

Neste documento, o Brasil Plural lembra que não existe uma regulamentação que aborde perdas com o racionamento. Em 2001, para evitar a falência de empresas do setor, o governo protegeu geradores e distribuidores repassando aos consumidores finais o custo do corte de 20% na demanda que foi imposta ao longo de oito meses – R$ 12 bilhões à época.

A redução da receita, detalha o relatório, foi coberta por empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), quitados pelas distribuidoras após a obtenção de receita com tarifas mais altas cobradas dos usuários.

Para o Brasil Plural, a solução adotada em 2001 não poderia ser aplicada em 2014 e 2015, em caso de racionamento. “O contexto político é menos favorável e o governo está preocupado com o aumento da inflação e a deterioração fiscal”.

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Gás Natural
Entidades defendem retirada de gás processado e biometan...
03/01/25
Combustíveis
Etanol sobe 18,61% e gasolina 9,39% no acumulado de 2024
03/01/25
Oportunidade
Ocyan oferece 300 vagas na área de manutenção e serviço...
02/01/25
Gás Natural
PRIO inicia operação de comercializadora de gás
02/01/25
Indústria Naval
Nova Resolução sobre o Fundo da Marinha Mercante deve co...
02/01/25
E&P
Constellation anuncia extensão de contrato para a Atlant...
02/01/25
Brasil
Petrobras informa sobre nova Lei para o setor de óleo e gás
28/12/24
Rio de Janeiro
Orizon e Gás Verde se unem para expandir produção de bio...
23/12/24
Apoio Offshore
OceanPact assina contrato de R$ 697 milhões com Petrobra...
20/12/24
Curso
Firjan SENAI e PRIO promovem Hackathon Reação Offshore
20/12/24
Parceria
Petrobras assina Protocolo de Intenções com a CSN
20/12/24
Petrobras
Unidade de SNOX na RNEST entra em operação
20/12/24
Etanol
Câmara aprova programa de incentivo a fontes renováveis ...
20/12/24
Evento
Transformação Digital na indústria offshore: como Dados,...
20/12/24
Energia Solar
Eneva declara comercialização total de Futura com novo c...
19/12/24
Negócio
PetroReconcavo avança em compra de 50% de infraestrutura...
19/12/24
Gás Natural
Eneva assina primeiro contrato de suprimento industrial ...
18/12/24
Canadá
CCBC abre escritório em Fortaleza para contribuir com a ...
18/12/24
Rio de Janeiro
Naturgy e Petrobras firmam acordo para nova redução do p...
18/12/24
Prêmio ANP de Inovação Tecnológica
Shell Brasil vence Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 20...
17/12/24
Usinas Flexíveis
Confiabilidade do sistema elétrico dependerá de sistemas...
17/12/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.