O Sistema Firjan promoveu ontem (30/06), o lançamento do Núcleo Estadual de Inovação doRio de Janeiro, no âmbito da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). Os núcleos têm como missão mobilizar a direção das empresas para a inovação, capacitar profissionais e instituições para prestarem serviços de apoio à inovação e auxiliar as empresas a incorporarem a inovação em seu planejamento, com foco nos resultados.
Para Fernando Sandroni, presidente do conselho empresarial de tecnologia do Sistema Firjan, a indústria se tornou o principal foco da inovação tecnológica. “Para isso, damos apoio direto ao empresário, através das caravanas tecnológicas sobre financiamento para a inovação, e ainda realizamos workshops de capacitação profissional”, explicou.
“Um bom exemplo de ação do Sistema Firjan foi o edital de design e inovação, lançado no fim do ano passado, fruto de uma parceria Firjan, Sebrae-RJ e Faperj. O edital destinou R$2,7 milhões em recursos não reembolsáveis para as empresas fluminenses, beneficiando 20 bons projetos. Um sucesso”, completou Sandroni.
O dirigente destacou que o lançamento deste novo Núcleo Estadual de Inovação complementará o trabalho desenvolvido pelo Sistema Firjan que, desde 1999, incentiva e dissemina a Inovação no setor empresarial.
Eliana Emediato de Azambuja, coordenadora de gestão tecnológica do Ministério da Ciência e Tecnologia, por sua vez, ressaltou que o ministério é parceiro da MEI desde o primeiro momento. “Outra parceria que estamos fazendo com a MEI é a do Prêmio Nacional da Inovação. Este prêmio será entregue dia 3 de agosto, durante o 4º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, em São Paulo”.
Para José Augusto Coelho Fernandes, diretor executivo da CNI, o lançamento desse núcleo poderá beneficiar o desenvolvimento local. “O Rio de Janeiro não é somente a capital da energia, mas igualmente a capital potencial da inovação”, elogiou.
“Estamos aqui como parceiro no desenvolvimento desse movimento tendo como protagonistas o setor empresarial”, acrescentou João Carlos Ferraz, vice-presidente do BNDES.
Fernandes, então, fez a apresentação sobre a Mobilização Empresarial pela Inovação. De acordo com ele, a meta do MEI é aumentar a participação dos empresários na agenda de inovação, parte central das políticas industriais do país. “É nela onde estão inseridas as ações determinantes que poderão gerar aumento de produtividade e competitividade no setor industrial”, opinou.
Os desafios da MEI são os de fazer da inovação tema prioritário para a alta direção das empresas; estimular o protagonismo dos líderes empresariais; contribuir para a estruturação da Iniciativa Nacional pela Inovação; reproduzir o êxito do Prêmio Brasileiro da Qualidade e Produtividade (PBQP); e aprimorar as políticas públicas de apoio à inovação.
Na palestra "Inovar e Investir para Competir", Ferraz, do BNDES, destacou ser fundamental inovar para assegurar a estabilidade macroeconômica, aumentar a produtividade e gerar novos produtos e serviços, para assim elevar a competitividade das empresas no país e em mercados globais; gerar mais e melhores empregos; e atender às demandas da sociedade, quais sejam educação, saúde, meio ambiente, complexos urbanos, defesa; além de reduzir as desigualdades sociais e regionais do Brasil.
A Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) é o movimento que visa aprimorar e incorporar a gestão da inovação nas empresas brasileiras, e ampliar a efetividade dos instrumentos públicos de fomento à inovação no país. Também é articulada e liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). No total, serão 27 núcleos estaduais de inovação, sendo que 22 já estão instalados, enquanto cinco ainda estão em fase de instalação.
O diretor superintendente do Sebrae RJ, César Vasquez, também prestigiou o evento, além de empresários e estudantes.