Redação TN Petróleo/Assessoria Firjan
A Firjan avalia que o estado do Rio precisa manter no radar as oportunidades em novas energias, aproveitando as sinergias entre os mercados offshore existentes e o potencial dos projetos de eólica offshore. Além da similaridade de ambiente, as competências de mão de obra têm potencial para transitar entre as operações e as descobertas tecnológicas, podendo ser mutuamente benéficas.
A federação lista cinco fatores para o interesse das companhias de petróleo:
• experiência em projetos de petróleo e gás em águas cada vez mais distantes da costa ajuda com projetos de eólicas offshore que estão em alto mar, onde a velocidade dos ventos é menos instável;
• fôlego financeiro para executar projetos de longo prazo, com custo de investimento menor do que projetos de petróleo e gás;
• relacionamento já estabelecido com fornecedores em todo mundo;
• compromisso com a sustentabilidade e energias renováveis;
• existência de pesquisas que relacionam o uso da energia eólica offshore com aumento de produção de petróleo em campos próximos.
Assista a primeira edição da Websérie Firjan Novas Energias no Youtube da federação
Websérie Novas Energias
Por isso, a federação inicia a Websérie Novas Energias com o objetivo de discutir o desenvolvimento de novas energias, que possam contribuir nos movimentos de transição energética, e como o mercado offshore já instalado no Rio pode atender a essas novas oportunidades. Em correalização com o consulado da Holanda, a primeira edição, em 1º de junho, a partir das 10h, tratará do desenvolvimento de eólicas offshore no Brasil e da experiência holandesa na implementação desses projetos.
O webinar contará com a participação de Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica e vice-chair, board of Global Wind Energy; Rafael Torres, diretor de Desenvolvimento de Negócios da SBM Offshore; Niels Veenis, cônsul-geral adjunto e chefe do setor de Energia - Brasil do consulado geral dos Países Baixos no Rio de Janeiro; e Erick Aeck, diretor executivo da Van Oord - Brasil; e moderação de Fernando Montera, coordenador de Relacionamento Petróleo, Gás e Naval da Firjan.
250 GW até 2030
Frente às metas mundiais de descarbonização, novas energias, como a eólica offshore, vêm ganhando cada vez mais atenção. Conforme a Rystad Energy, CAPEX e OPEX no mercado de eólica offshore pode alcançar US$ 810 bilhões nos próximos 10 anos e a capacidade global instalada de geração desta energia deve ultrapassar 250 GW até 2030.
Não é por acaso que grandes empresas do mercado offshore, como as que atuam em petróleo, gás e naval, apresentam planos de intensificar seus investimentos nestas novas energias. Para eólica offshore, a expertise e fôlego financeiro dessas companhias - intensificados pelos seus planos de sustentabilidade - são exemplos de razões que demonstram sinergia para posicionamento no mercado de novas energias.
Do ponto de vista do negócio, destacam-se os desafios para aumentar o retorno do investimento e diminuição do custo da energia gerada pela turbina eólica offshore. No Brasil, estão em discussão 40 GW em projetos ao longo da costa, dos quais 17,5% são apresentados como potenciais de serem instalados em águas fluminenses.
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