Indústria naval

Rio Bravo habilita os sete concorrentes na disputa para construção do dique seco

Odebrecht decide recorrer contra a capacitação técnica de alguns participantes e obriga comissão de licitação a adiar a abertura das propostas financeiras.


09/03/2006 03:00
Visualizações: 180

A empresa de serviços financeiros Rio Bravo e a Petrobras anunciaram nesta quinta-feira (9/3) a habilitação técnica de todos os sete participantes da licitação para construção de um dique seco para reparos e construção de plataformas semi-submersíveis da estatal. Desta forma, continuam participando da concorrência as construtoras Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Odebrecht e OAS, os estaleiros Renave e Rio Grande e o consórcio Mar do Sul, formado pela Queiroz Galvão e o estaleiro Promar.

De acordo com o cronograma da licitação, também estava prevista para hoje a abertura das propostas financeiras, mas a Odebrecht anunciou que entrará com recurso questionando a habilitação de parte dos componentes da licitação. “Algumas propostas não cumprem requisitos do edital e pretendemos recorrer. Por enquanto, prefiro não falar detalhes sobre quem são e quais os participantes”, disse o diretor de Contratos da empreiteira, Gustavo Guerra.

De acordo com as regras do edital, os recursos devem ser apresentados no prazo de cinco dias a serem contados a partir de amanhã. Após o julgamento desses pedidos, será marcada uma nova audiência para a análise das propostas financeiras. O edital oferece como opção aos concorrentes a construção do dique seco nas instalações da Petrobras em São Roque, na Bahia. Fizeram uso dessa alternativa Andrade Gutierrez, Odebrecht e OAS. Decidiram por áreas próprias Carmargo Correa (Suape-PE), Renave (Niterói-RJ), Rio Grande (Rio Grande-RS) e Mar do Sul (Rio Grande-RS).

O gerente de Implementação de Empreendimentos para Transpetro, Alexandre Lugtemburg, que representa a Petrobras na concorrência, avaliou que a possível entrada de recursos por parte de alguns participantes não deverá atrasar o cronograma da licitação. “Temos o maior interesse em terminar a licitação o mais rápido possível porque a nossa idéia é utilizar essas instalações para a construção da P-55”, disse o executivo se referindo à unidade semi-submersível que será instalada no campo de Roncador.

A escolha da Rio Bravo para coordenar o processo licitatório se deve à intenção da Petrobras de adotar o modelo de financiamento da obra com a constituição de um fundo imobiliário. Segundo Glauber Santos, diretor da Rio Bravo, a estruturação do fundo só será feita após o resultado final da concorrência, esperado para junho. “Ainda estamos decidindo se esse fundo será formado por cotas de fundos ou por certificados de recebíveis imobiliários”, disse.

Mais Lidas De Hoje
Veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

19