<P>Vale lembrar que o trigo - que era a base principal de movimentação de cargas do Porto de Niterói – foi reduzindo sua participação na economia municipal. Até 2004, por exemplo, o terminal portuário servia esporadicamente de espaço para reparos navais. A realidade, hoje, é <BR>completam...
Por Victor AbramoVale lembrar que o trigo - que era a base principal de movimentação de cargas do Porto de Niterói – foi reduzindo sua participação na economia municipal. Até 2004, por exemplo, o terminal portuário servia esporadicamente de espaço para reparos navais. A realidade, hoje, é
completamente diferente. Antes, chegavam ao porto sete navios ao ano. Atualmente, são mais de 600 embarcações anuais.
Arrendado pelas concessionárias Nitshore e Nitport, desde março de 2006, o Porto de Niterói está se transformando na mais importante base de apoio offshore do Brasil. Com uma localização privilegiada, estrategicamente próximo às bacias de Campos e Santos, o porto também terá papel de fundamental significado para a construção e ações a serem desenvolvidas no futuro Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (comperj), a ser construído nos municípios de Itaboraí e São Gonçalo.
Em dezembro passado foram concluídas as obras de dragagem patrocinadas pela Companhia Docas do Rio de Janeiro, a um custo de R$ 7,6 milhões. O porto não era dragado
há 25 anos. O calado, que estava com uma média de 4 metros, voltou a seu nível original, de 8 metros. Há estudos visando ao alargamento do canal de acesso, que poderá chegar a 10 metros, o que viabilizará a entrada de navios de maior porte.
Por sua vez, o consórcio Nitshore/Nitport já investiu até agora aproximadamente R$ 3 milhões em melhorias no porto: o antigo Armazém 3 foi demolido e, com isso, o porto ganhou uma área livre de 1.800 metros para a movimentação de cargas. Foi instalada uma nova subestação elétrica, ampliando a capacidade de energia do porto. A antiga estação ferroviária Presidente Dutra está sendo reformada e, em breve, se transformará num
espaço cultural. Além disso, o consórcio que opera o porto investiu R$ 2 milhões na compra e R$ 4 milhões em obras numa área no bairro de Guaxindiba, em São Gonçalo, com 150 mil m2, que funcionará como porto seco. Vale ainda destacar a reativação do posto da Receita Federal, que já está em pleno funcionamento, ao lado da Gerência do Porto, o que agiliza a
liberação das mercadorias que passam pelo porto.
Formado em administração, Antônio Carlos ocupou em 1999 a chefia de Gabinete da Secretaria de Transportes do Estado do Rio e foi subsecretário de Transportes do Estado. Em abril de 2003 assumiu a presidência da Companhia Docas do Rio de Janeiro e no ano seguinte passou a exercer também a presidência da Associação Brasileira das Entidades Portuárias e Hidroviárias-Abeph. É também vice-presidente da Associação dos
Portos das Comunidades de Língua Portuguesa-APLP. Sob seu comando, há quatro anos a Cia. Docas do Rio vem trabalhando pela recuperação do complexo portuário niteroiense, que vem batendo a cada ano recordes de movimentação de cargas.
Fale Conosco
22