Foi concluída na quinta-feira (17) a retirada da maioria dos restos do navio Ais Giorgis, que naufragou no canal de navegação do Porto de Santos há quase 40 anos, em 1974. A conclusão dos trabalhos foi anunciada durante a tarde pela Secretaria de Portos (SEP).
O projeto, que custou R$ 21,1 milhões, custeados com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), integra o plano do Governo para o aprofundamento do canal de navegação, de 13 para 15 metros, e seu alargamento, para 220 metros.
Foram extraídas as partes do navio que se encontravam até a profundidade de 16 metros. Parte da quilha do porão 1 e a quilha do bico da proa (frente) foram deixadas pois estão a 21 metros. De acordo com a SEP, a permanência desse material não representa qualquer problema pois o local ficará com 15 metros de fundura.
A extração, coordenada pela Codesp, a Autoridade Portuária de Santos, ocorreu a partir do fatiamento vertical, com a utilização de um cabo diamantado, das ruínas do cargueiro - especificamente a casa de máquinas e partes do casco. Segundo a SEP, agora, os serviços continuam no canteiro de obras, em terra, com o corte das peças retiradas, para destinação final.
Também estão previstas sondagens sísmicas e um levantamento batimétrico no canal, para verificar a profundidade da região e se ainda há alguma peça ou obstáculo no local do naufrágio na profundidade de 15 metros. “Com a eliminação desta última interferência no canal, será retomada a dragagem no trecho para posterior homologação da profundidade pela Marinha do Brasil”, explicou o presidente da Codesp, Renato Barco.
Os restos da embarcação encontravam-se no fundo do estuário, na direção dos armazéns 15 e 16, próximos à Margem Esquerda do Porto (Guarujá). A retirada foi iniciada em outubro de 2011.