Valor Econômico
A Petrobras pode divulgar amanhã um lucro líquido de aproximadamente R$ 5 bilhões relativo ao primeiro trimestre de 2005. No quarto trimestre do ano passado o lucro da estatal foi de R$ 4,566 bilhões e no primeiro trimestre de 2004 ele foi de R$ 3,972 bilhões. No consolidado de 2004, ela teve lucro recorde de R$ 17,861 bilhões, 0,37% maior que em 2003.
Em diferentes previsões, o mercado atribui a forte arrancada na receita da companhia ao aumento da produção de petróleo, a elevação das margens de refino, a redução da defasagem de preços no mercado interno, tudo somado à valorização do real frente ao dólar, que tem resultado positivo sobre os preços dos derivados, também reduzindo a dívida.
Em seu relatório o banco Pactual prevê que a estatal terá lucro de R$ 5,31 bilhões, receita líquida de R$ 23,212 bilhões e resultado operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização (lajida) de R$ 8,609 bilhões. Já o Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), projeta resultado maior, de R$ 5,130 bilhões, 12,3% acima do quarto trimestre de 2004.
Convertido para o dólar, a projeção do CBIE é de um lucro de US$ 1,925 bilhão, 17% do resultado em dólares do quarto trimestre - calculado no mesmo parâmetro - e 40% maior que o do primeiro trimestre de 2004. "O resultado da Petrobras agora já está acompanhando o das demais companhias de petróleo", ressaltou Adriano Pires, do CBIE.
O banco Credit Suisse First Boston prevê que o lucro da Petrobras será de R$ 4,838 bilhões, receita líquida de R$ 29,2 bilhões e lajida de R$ 9,3 bilhões. A menor previsão é da Merrill Lynch, que projeta lucro líquido de R$ 4,470 bilhões pelos critérios contábeis brasileiros.
O Pactual ressalta que a queda dos preços do petróleo e a forte apreciação da moeda brasileira reduziram a diferença de preços entre o mercado doméstico e o internacional a "perto de zero".
Leonardo Campos, do CBIE, ressalta que a média de derivados produzidos pela Petrobras vêm tendo preços atualizados em bases quinzenais ou mensais, o que é positivo para a estatal. Isso porque o preço do petróleo do tipo brent subiu em média 9% no primeiro trimestre em relação aos últimos três meses de 2004, o que somado à valorização do real diminuiu a defasagem dos preços.
Os analistas do Pactual calculam que a atual defasagem do preço da gasolina é de 3% (mais barata que no mercado externo) e de 4% no diesel.
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