Valor Econômico
Pelo terceiro mês consecutivo, os preços das resinas termoplásticas - usadas pelos fabricantes de produtos plásticos - serão reajustados no mercado interno. Os valores do polietileno e polipropileno devem subir entre US$ 180 e US$ 200 por tonelada, alta de 10% a 15% sobre os preços atuais, informou o presidente do Sindicato da Indústria de Resinas Plásticas (Siresp), José Ricardo Roriz Coelho. Os preços devem alcançar US$ 1,6 mil por tonelada de resina, o que deve fazer com que as empresas petroquímicas consigam recuperar margens no terceiro trimestre.
O alto custo da matéria-prima dos produtos petroquímicos está pressionando os fabricantes da segunda geração, justificou Roriz Coelho. A nafta, em dólar, subiu 14%, fechando o mês de julho em US$ 643 por tonelada, afirmou.
Roriz Coelho disse também que a demanda internacional aumentou, por conta do crescimento econômico na Ásia, puxado pela China e Índia. "A forte onda de calor nos Estados Unidos e Europa surpreendeu e, com isso, houve aumento do consumo de produtos descartáveis, o que reduziu os estoques dos produtores de plásticos", disse. "Há também uma redução da oferta de nafta para a petroquímica nos Estados Unidos, porque ela está sendo deslocada para a produção de gasolina."
Mesmo diante dos aumentos de preços, as vendas de resinas continuam aquecidas. Segundo dados do Siresp, o volume de vendas apresentou crescimento de 17,4% nos primeiros sete meses do ano na comparação com igual período do ano passado. As vendas de polipropileno cresceram 18,9%, e as de polietileno de alta densidade aumentaram 22,5%.
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