O&G TechWeek 2019
Novo projeto visa desenvolvimento de ferramenta de perfilagem através d a coluna de produção para avaliação da integridade do cimento de poços (logging through tubing)
Redação/AssessoriaAcreditando no modelo de inovação aberta na cadeia produtiva de óleo e gás como a forma de gerar soluções otimizadas que contribuam para a sustentabilidade das operações dessa indústria, a Repsol Sinopec Brasil, a Ouro Negro e o Departamento de Engenharia Mecânica do Centro Técnico Científico da PUC-Rio (CTC/PUC-Rio) ampliam a parceria tecnológica firmada no primeiro semestre. O novo acordo tecnológico prevê o desenvolvimento de uma ferramenta de perfilagem (TTilt), inserida dentro da coluna de produção (logging through tubing), para avaliação da qualidade do cimento em poços revestidos.
“A proposta é ter uma ferramenta que possibilite detectar anomalias do cimento na camada adjacente e não apenas na camada mais próxima à ferramenta, como ocorre com as soluções disponíveis no mercado, evitando assim a remoção da coluna de produção para realizar essa operação”, explica Támara García, Gerente de Pesquisa e Inovação da Repsol Sinopec Brasil. Em uma visão mais simplista, enquanto a tecnologia atual permite que se ‘enxergue’ a integridade do cimento apenas quando este se encontra mais próximo à ferramenta, a solução que será desenvolvida pelos três parceiros possibilitará ter uma ‘visão’ mais potente, indo além de uma única parede. “O potencial é enorme, tanto no abandono quanto nas intervenções de poços”, complementa.
De acordo com o CEO da Ouro Negro, Eduardo Costa, a ideia é que o TTilt seja futuramente incorporado ao Wellrobot®, tornando ainda mais autônomo o sistema. A necessidade de realizar intervenções no poço será reduzida, com todos os custos e impactos que essas operações acarretam. Isso porque o robô fica permanentemente instalado no poço, analisando e, repassando os dados continuamente para o topside do FPSO, para um ROV ou mesmo para um AUV que esteja passando pela região para coletar dados”, explica o executivo. “O TTilt já seria extremamente disruptivo. Sua incorporação ao Wellrobot® e todas essas outras possibilidades levariam essa disrupção a um patamar hoje inimaginável, mas perfeitamente possível”, complementa Tamara Garcia.
O professor Arthur Braga, do Departamento de Engenharia mecânica do CTC/PUC-Rio, que conduz essa parceria pela universidade, observa que as operações de tamponamento e abandono (P&A) apresentam enormes desafios técnicos e econômicos para a indústria de óleo e gás. “Para ser permanentemente abandonado, o poço deve ser vedado hidraulicamente de forma a isolar o reservatório e outras formações portadoras de fluido, evitando vazamentos para o seu entorno e potenciais desastres ambientais de larga escala”, explica. “Daí a importância em desenvolver tecnologias para avaliar a integridade do cimento e sua capacidade de vedação”, conclui.
A parceria tripartite é vista como estratégica pela Repsol Sinopec. “O exemplo recente de outras indústrias mostrou que a colaboração entre universidades e empresas de tecnologia trazem resultados mais impactantes. Nesse contexto, a Repsol Sinopec Brasil vem buscando o desenvolvimento de tecnologias desde conceitos fundamentais até a sua aplicação em campo, de modo a atingir inovações realmente disruptivas, que tanto precisamos para nossa indústria”, finaliza Támara García, Gerente de Pesquisa e Inovação da Repsol Sinopec Brasil.
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