Petróleo

Renovação de recorde e fechamento à US$ 119,97

Jornal do Commercio
06/05/2008 10:21
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O preço do barril do petróleo atingiu ontem o maior valor da história na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), cotado por US$ 120,36 na máxima do dia. Ao longo da tarde, o barril para entrega junho recuou um pouco e acabou fechando a US$ 119,97, alta de 3,14% em relação à sexta-feira. Ainda assim, o novo preço é recorde. Em Londres, o barril do tipo Brent, de referência na Europa, subiu 3%, para US$ 117,99.Mais uma vez, temores com o fornecimento às vésperas do verão no Hemisfério Norte, temporada em que o consumo de combustível aumenta, foram a justificativa para os preços altos.

 

Analistas disseram que um fechamento acima do nível de US$ 120 seria um indicador claro de que o barril subiria para US$ 125 ou mais que isso. "Depois dos US$ 120 por barril, buscamos os US$ 125", afirmou Phil Flynn, especialista da Alaron Trading.Stephen Schork, editor do Schork Report, disse que se o mercado conseguir se mover pelo território inexplorado dos US$ 120 a US$ 125 por barril, um salto para acima de US$ 130 pode ocorrer.

 

Ataques contra instalações petrolíferas na Nigéria, durante o fim de semana, estiveram de novo por trás da elevação. "Cerca de 600 mil barris diários estão fora de produção na Nigéria atualmente e mais problemas de segurança no país podem causar preocupações", afirmou Addison Armstrong, analista da corretora Tradition Energy. A companhia britânica Royal Dutch Shell confirmou estragos no oleoduto de Bonny Light e suspensão de produção, embora não tenha revelado o volume. A petrolífera também disse esperar que o impacto causado pelos ataques seja limitado.

 

Na última vez em que instalações da Royal Dutch Shell foram atacadas, cerca de 164 mil barris diários de petróleo deixaram de ser produzidos naquele país.Os analistas dizem que observarão atentamente a situação na Nigéria. Henry Okah, ex-líder do grupo rebelde Movimento para a Emancipação do Delta do Níger (MEND, na sigla em inglês), deve ser julgado nesta semana. Nos últimos meses, a Nigéria tornou-se o quarto maior fornecedor de petróleo para os Estados Unidos, respondendo por 10% das compras americanas de óleo bruto.De acordo com corretores, a informação de que pode haver uma greve de trabalhadores no Porto de Marselha, na França, a partir de 9 de maio também influenciou a elevação do petróleo.

 

A greve pode prejudicar a operação do maior terminal de oleodutos do país.Os preços da gasolina e do óleo de aquecimento também subiram de modo expressivo ontem, mas não bateram recordes. O contrato de gasolina para junho subiu US$ 0,865, para US$ 3,0529 por galão e o de óleo para aquecimento avançou US$ 0,878, a US$ 3,3065.

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