Empreendimento atenderá demandas do pré-sal.
Redação / Agência
A Região dos Lagos ganhará um distrito industrial logístico em terreno de 4 milhões de metros quadrados, vizinho ao Aeroporto Internacional de Cabo Frio e distante seis quilômetros do Porto do Forno, em Arraial do Cabo.
O governador Sérgio Cabral assinou no último dia 3 dois decretos, um de desapropriação do terreno da massa falida da companhia Álcalis, nos municípios de Cabo Frio e Arraial do Cabo e outro de criação do distrito logístico. Do total do terreno, 1,2 milhão de metros quadrados serão utilizados para compor o empreendimento. O restante será destinado a uma área de preservação ambiental, já acertada com a Secretaria Estadual do Ambiente.
O Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, ressaltou a importância da criação do distrito para atender as demandas logísticas da região e da cadeia do pré-sal. “O distrito será um novo vetor de desenvolvimento da Região dos Lados. As atividades poderão se integrar ao aeroporto, ao porto e às operações do pré-sal”, destacou. A formação do distrito ficará a cargo da Companhia de Desenvolvimento Industrial (Codin), que já administra dez distritos industriais no estado do Rio de Janeiro.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento, a expectativa é de que a venda dos terrenos permita quitar a dívida trabalhista da Álcalis, que fechou suas portas em 2006, demitindo cerca de 650 funcionários.
Além da Libra, proprietária do aeroporto de Cabo Frio, pelo menos 12 empresas de pequeno porte já manifestaram interesse em se instalar no novo distrito. O decreto de desapropriação foi publicado na terça-feira (9) no Diário Oficial do Estado.
O processo antigo de produção de barrilha da Álcalis passou a ser considerado ultrapassado no início da década e inviável sob a ótica econômico-ambiental. A barrilha em Arraial do Cabo era fabricada com sal trazido do Rio Grande do Norte e calcário de conchas retiradas da lagoa de Araruama, que banha Arraial do Cabo. Este sistema de produção foi condenado pelos órgãos ambientais e obrigou a empresa a buscar calcário mineral em Minas Gerais, o que aumentou custos e contribuiu para a derrocada.
"Temos uma chance histórica de reduzir os danos aos trabalhadores que foram prejudicados na época e ainda dar a volta por cima e obter o melhor aproveitamento de uma área que tem excelente potencial logístico", disse o secretário Julio Bueno.
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