Petroquímica

Refinaria do Comperj pode ter novo atraso

Já adiada três vezes, a entrada em operação da refinaria do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) está novamente ameaçada. Problemas administrativos, que se evidenciam na baixa execução orçamentária da obra; a in

O Estado de S. Paulo
14/05/2012 10:50
Visualizações: 280 (0) (0) (0) (0)
Já adiada três vezes, a entrada em operação da refinaria do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) está novamente ameaçada. Problemas administrativos, que se evidenciam na baixa execução orçamentária da obra; a inexistência de acessos para a chegada dos megaequipamentos; dificuldades na obtenção de licenças ambientais; e greves que, nos sete últimos meses, interromperam a construção por 85 dias, afetam o cronograma.
 
 
Oficialmente, a Petrobras mantém a inauguração do Comperj para outubro de 2014, mas um novo adiamento já é considerado pela diretoria da estatal, pois os impasses estão longe de serem resolvidos. O projeto básico do complexo, de 2006, previa que em 2011 a produção da refinaria seria iniciada. A inauguração passou para 2012, depois para 2013 e, no ano passado, para 2014.

 
Quando inaugurada, a refinaria do Comperj terá capacidade de produzir 165 mil barris diários de derivados de petróleo. De três a quatro anos depois, a capacidade será duplicada, prevê o projeto. Quanto mais cedo entrar em operação, menos gasolina a Petrobras terá de importar, já que a produção brasileira é insuficiente para suprir o mercado interno.

 
Em 2011, a Petrobras comprou no exterior 45 mil barris diários para atender à demanda nacional. Este ano, a previsão é de que as importações chegarão a 80 mil barris por dia. Com o atraso do Comperj, a Petrobras continuará importando gasolina a preços desfavoráveis, já que, por decisão do governo, controlador da Petrobras, os combustíveis não serão reajustados antes de o valor do barril chegar a US$ 130 no mercado internacional.
 
 
Inferno astral
 
 
Um dado que chama a atenção nessa espécie de inferno astral que atinge o Comperj são os gastos da obra, muito abaixo do previsto pelo orçamento. No primeiro bimestre deste ano, a Petrobras utilizou somente 9% (R$ 704,5 milhões) dos R$ 7,9 bilhões da dotação orçamentária. Em 2011, foram gastos R$ 2,4 bilhões, embora R$ 6,3 bilhões estivessem disponíveis. A empresa só gastou 38% da verba
do Comperj no ano passado.

 
Os dados, do Ministério do Planejamento, indicam problemas graves de gestão na mais importante obra em curso da Petrobras, diz o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ). Ele está recorrendo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Petrobras divulgue as razões dos gastos muito abaixo do autorizado.

 
"Considerando que a Petrobras, por ser uma sociedade anônima, não tem as amarras da burocracia da administração direta, fica nítido um problema de gestão. A obra está muito lenta. Requisitei à Petrobras informações sobre os motivos da demora. As respostas vieram em caráter de sigilo. Estou pedindo ao STF que autorize a divulgação dessas informações, afinal os recursos são da União", afirmou o deputado.
 
 
A Petrobras não se pronunciou sobre a situação do Comperj. 
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Hidrogênio
ANP produz relatório sobre o marco legal do hidrogênio d...
06/09/24
ANP
Aprimoramento das resoluções sobre dados digitais de poç...
05/09/24
Onshore
ANP mantém entendimento sobre poços órfãos
05/09/24
ANP
Gás natural: revisão das especificações e controles de q...
05/09/24
ANP
Agenda regulatória 2025-2026 da ANP passará por consulta...
05/09/24
Gás Natural
NTS lança o ConnectGas
05/09/24
Oferta Permanente
Cresce 70% o número de blocos sob contrato na fase de ex...
05/09/24
Energia elétrica
ANEEL aciona bandeira vermelha patamar 1
05/09/24
Energia Elétrica
ANEEL aciona bandeira vermelha patamar 1
05/09/24
Apoio Marítimo
Camorim anuncia lançamento de nova embarcação Azimutal
05/09/24
Reconhecimento
Foresea conquista Selo Prata no GHG Protocol
04/09/24
Brasil/China
Investimentos chineses crescem 33% no Brasil em 2023, co...
04/09/24
Logística
Petrobras concentra operações aéreas para o campo de Búz...
04/09/24
Transição Energética
Governo do Paraná e Aneel abordam políticas públicas e t...
04/09/24
Aviação
ANP e ANAC firmam acordo de cooperação técnica sobre com...
04/09/24
Pessoas
Kedi Wang chega ao conselho de administração da CPFL Energia
04/09/24
Publicação
Certificação de hidrogênio verde é tema de livro publica...
03/09/24
MME
Comissão de Infraestrutura do Senado aprova a PL Combust...
03/09/24
Resultado
Em julho, o Brasil produziu 4,181 milhões boe/d, divulga ANP
03/09/24
Pessoas
Claudio Fontes Nunes é o novo diretor-executivo de E&P d...
03/09/24
Eólica Offshore
Falta de clareza dos critérios e da previsibilidade da a...
03/09/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.