O ministro das Minas e Energia , Edson Lobão, confirmou a decisão do governo de construir uma refinaria no Maranhão. Segundo o ministro, a nova unidade será a maior do país e, provavelmente, da América do Sul. De acordo com Lobão a refinaria vai produzir gasolina, diesel e nafta de alta quali
Agência BrasilAs declarações foram feitas pelo ministro ao participar, ontem (18), da abertura do Fórum Global de Energias Renováveis, em Foz do Iguaçu. A escolha do local, de acordo com Lobão, é estratégica. “São Luiz foi escolhida por ser o ponto mais próximo do mercado consumidor internacional e também por possuir um porto de grandes proporções, da melhor qualidade”, disse. A construção da refinaria deve começar no próximo ano, e a previsão de conclusão é para 2015.
O ministro das Minas e Energia também anunciou que o Brasil assinou um acordo com o Peru para a construção de 15 hidrelétricas no país vizinho, com capacidade para gerar cerca de 20 mil megawatts. Como o Peru não precisa de toda a energia, o Brasil vai importar o excedente. O acordo para a construção da primeira usina, que vai gerar 1,4 mil megawatts e custar cerca de R$ 2 bilhões, foi assinado durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Peru. A construção das hidrelétricas será feita por meio do sistema Eletrobrás.
A construção de hidrelétricas binacionais em parceria com os países que fazem fronteira com o Brasil, o intercâmbio de energia com a Venezuela e a conclusão do Gasoduto do Sul fazem parte da política brasileira de integração energética com a América do Sul. Lobão disse que são muito amplas as possibilidades de acordos binacionais na área de geração de energia. Ele conta que acertou com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, o desenvolvimento de uma plano para exploração de rios que ficam na fronteira dos dois países e o uso da energia em parceria. Segundo ele, a Bolívia tem o mesmo interesse.
Com a Venezuela, o Brasil fez um acordo de intercâmbio de energia. Todo ano, serão trocados de 2 mil a 3 mil megawatts entre os dois países, que têm regimes de chuva diferenciados. “Quando está chovendo muito na Venezuela, chove pouco no Brasil e vice-versa”, explica o ministro. Para isso, vai ser necessário aumentar a capacidade da linha de transmissão que corta os dois países, com capacidade atual de 200 megawatts.
A Venezuela também vai exportar gás liquefeito para o Brasil, que será transformado em gás natural. “Poderemos transportar o gás por navios por todo o Brasil, o que facilita muito. Enquanto isso, vamos construindo gasodutos nacionais para atender a diversas cidades brasileiras”.
Segundo Lobão, existe interesse da Venezuela na construção do Gasoduto do Sul, que irá ligar os dois países mais a Argentina. “Conversei pessoalmente com presidente Hugo Chavez e acertamos que o Gasoduto do Sul é uma possibilidade desejada para Venezuela e aceita perfeitamente pelo Brasil. Devemos apenas tomar precauções quanto a mercado consumidor tanto no Brasil quanto na Argentina”, disse.
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