América do Sul

Referendo na Venezuela cria instabilidade nos preços do petróleo

Dow Jones Newshire
12/08/2004 03:00
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Os mercados petroleiros oscilaram ao ritmo da agitação no Iraque e dos problemas legais da Yukos, na Rússia. Agora há a possibilidade de inestabilidade em outro pais petroleiro: a Venezuela, onde os cidadão decidirão no domingo (15/08) de revogam o mandato do presidente Hugo Chávez, conforme afirma o artículo do The Wall Street Journal.
As pesquisas de opinião mostra que os eleitores estão divididos em partes iguais entre partidários de Chávez e seus opositores, que acusam Chávez de tentar impor uma ditadura de esquerda ao estilo cubano. Nas entrevistas, as atitudes de Chávez, que gasta o dinheiro do petróleo em estradas e novas clínicas em áreas póbres, faz pensar que o presidente será capaz de obter um vitória.
Independentemente do sim ou do não, o referendo não promete aliviar a confrontação política.
É provável que os detratores de Chávez, que dizem temer que o mandatário cometa fraude, examinen estreitamente os comícios, ainda que estes serão monitorados por observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Centro Carter de Atlanta. E se Chávez perde, pode voltar a postular a presidência um mês depois, em novas eleições.
É provável que um resultado fechado acentue a polarização política que mantém a agitação na Venezuela desde que Chávez foi eleito em 1998 e embarcou em uma revolução particular para defender os pobres. Seus opositores dizem que seu governo logou pouco, exceto para satanizar a elite do país e assustar a classe média e aos investidores estrangeiros.
Nos últimos três anos, seus rivais tentaram um efêmero golpe de estado, a violência esporádica cobou a vida de dezenas de pessoas e os trabalhadores petroleiros declararam uma devastadora greve de dois meses.
Neste país, inclusive expressar a afiliação política pode ocasionar problemas José Luis Chacín, um pianista de 37 anos, viu como o carro de seu vizinho era incendiado por seguidores de Chávez por ter um adesivo anti-governamental nos parachoques parachoques.
Ainda que a tensão seja alta, o governo assegura que nada interromperá o abastecimento de petróleo e disse que planeja reforçar a segurança das instalações petroleiras com tropas adicionais do exército.
Outro fator que poderia limitar a interrupções de produção é que Chávez realizou uma "Purga" na estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) depois da greve do ano passado, o que significa que é menos provável que uma vitória de Chávez tenha uma reação adversa entre os trabalhadores da empresa.
De todas as formas, alguns predizem que um triunfo do mandatário manterá os mercados de petróleo atentos por algum tempo. "Se Chávez prevalece, Venezuela continuará sendo uma xona vermelha nos próximos anos", disse Wayne Andrews, analista petroleiro de Raymond James.
Para a pequena minoria venezuelana que ainda não se decidiu, o voto é uma oportunidade de escolher entre um líder imprevisível contrário ao "imperialismo norte-americano" e uma oposição desacreditada que raramenta ajudou aos pobres quando esteve no poder. "Um está louco e os outros são uns corruptos", diz Ricardo melo, um vendedor ambulante de 45 anos.-
Ainda que funcionários norte-americanos tenham expressado publicamente a preocupação de que Chávez propagasse o sentimento ante EUA em outras partes da América do Sul, Washington permaneceu à margem durante a campanha do referendo. Não existe o mais mínimo apreço entre George W. Bush e Chávez, que alguma vez qualificou de imbecil ao mandatário norte-americando. Mas ante o risco de provocar uma alta ainda maior nos preços da gasolina, Washington poderia preferir a estabilidade antes que ter um amigo no poder.
Graças em parte aos altos preços do petróleo, as probabilidades de Chávez melhoraram apesar do mal desempenho econômico. Desque que assumiu o poder em 1998, o ingresso médio per cápita baixou de US$ 4.128 a US$ 3,350 no final do ano passado, de acordo com estimações de UBS Warburg.
 O desemprego duplicou no final do ano passado para 22%, estima a firma de corretagem. Mas os preços do petróleo subiram e se espera que a economia venezuelana se expanda até 9% este ano depois da queda similar no ano passado.

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