Comércio exterior

Recuperação do comércio exterior brasileiro deve ficar para 2021, aponta relatório

Redação/Assessoria
06/09/2019 00:07
Recuperação do comércio exterior brasileiro deve ficar para 2021, aponta relatório Imagem: Divulgação Visualizações: 516 (0) (0) (0) (0)

As esperanças de recuperação do comércio exterior brasileiro em 2020 diminuíram. O relatório da Maersk referente ao segundo trimestre destaca que o Brasil ainda precisa concluir a reforma da previdência e focar na reforma tributária para reavivar a confiança dos consumidores e das empresas. Os volumes de contêineres transportados no período (importações e exportações) aumentaram 11%, porém o report ressalta que esse acréscimo está relacionado ao baixo desempenho no segundo trimestre do ano passado, reflexo da greve dos caminhoneiros, que impactou o comércio em cerca de 60 mil TEUs. A companhia de navegação enxerga panorama mais otimista para 2021 do que para 2020.

O comércio brasileiro de contêineres com o resto do mundo teve um crescimento de 16% nas exportações do segundo trimestre e um aumento de 7% nas importações ano a ano. No segundo trimestre de 2019, foram exportados cerca de 382 mil TEUs, ante 322 mil TEUs no mesmo período de 2018. As importações e exportações brasileiras ficaram aquém do esperando em agosto, quando as importações tradicionalmente aumentam dois dígitos. A algodão deve dar uma contribuição positiva às exportações em setembro.

Um salto nas importações antes do Natal ainda está para se concretizar. “Esperávamos que 2020 representasse uma reviravolta para o comércio brasileiro, mas seria necessária uma grande mudança estrutural para que isso acontecesse. Tanto a indústria, quanto a agricultura e os consumidores brasileiros precisam de melhores condições na cadeia logística", salientou o diretor administrativo da Maersk para a costa leste da América do Sul, Antonio Dominguez. A avaliação é que esses setores necessitam de uma cadeia de suprimentos mais competitiva no atual cenário global de hoje, reduzindo o custo de logística.

A publicação aponta que o comércio e a fabricação global estão desacelerando. A disputa de tarifas nos Estados Unidos e na China está reduzindo os volumes globais de contêineres e esse cenário ainda pode piorar. O Brexit continua impactando o comércio europeu, o que também afeta o Brasil. A Maersk estima que os benefícios do acordo de livre comércio entre Mercosul e a União Europeia sejam sentidos no Brasil somente em 2022, após a ratificação do pacto por todos os estados membros.

A expectativa da empresa de navegação é que o impacto do novo aumento das tarifas impostas seja significativo para o comércio bilateral EUA-China e possa remover isoladamente até 0,5% da demanda global de contêineres em 2019 e 2020. Quando as tarifas dos EUA em US$ 300 bilhões adicionais forem implementadas no final do ano, pode ocorrer uma redução de até 1% em 2020.

A diretora de atendimento ao cliente da Maersk para a costa leste sul-americana, Elen Albuquerque, ressalta que essa situação tarifária entre esses dois países também representa oportunidade. O relatório cita importadores e produtos chineses nos EUA que transferiram as importações da China para outros países, como Vietnã, Coréia, Tailândia, Índia e México. Elen explica que, assim como esses países que aproveitaram a chance de exportar para EUA, o Brasil poderia olhar com mais atenção para essas oportunidades de negócios, o que poderia tornar o país mais competitivo.

Ela lembra que o trade report anterior já era bastante cauteloso em relação aos resultados. A diretora disse que a Maersk acompanha o avanço da reforma da previdência no Congresso e a evolução das dicussões sobre a reforma tributária, cujas indefinições vêm deixando os investidores cautelosos. "Enquanto não houver as reformas do governo, fica difícil vislumbrar aumento para 2020", resumiu Elen.

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