Informação é da CNI.
Valor Econômico
A indústria apresentou, em maio, queda nos indicadores de atividade em relação ao mês anterior, após dois meses de resultados “bastante positivos”. A recuperação do setor “perdeu intensidade em maio”, avaliou a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou, nesta segunda-feira, 8, a pesquisa Indicadores Industriais.
No levantamento, a instituição mostrou queda no nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) entre abril e maio, com ajuste sazonal, passando de 82,9% para 82,2%. “A queda de 0,7 ponto percentual anula a alta de abril” em relação a março, de acordo com a pesquisa.
O faturamento, o número de horas trabalhadas e o nível de emprego também recuaram em maio na comparação com abril.
Com a retração de 3,6% nas horas trabalhadas no período, o índice voltou ao patamar de fevereiro de 2010, segundo a pesquisa. Em relação ao mesmo mês de 2012 houve queda de 1,3% em maio.
O estudo também mostrou que o faturamento real da indústria caiu, após os ajustes sazonais, 0,5% em maio, ante abril, e cresceu 6,1%, na comparação com maio do ano passado.
Já o nível de emprego dessazonalizado caiu 0,2% em maio, na comparação com o mês anterior, e teve expansão de 0,4%, ante maio de 2012.
“Mesmo com a queda da atividade industrial, a massa salarial continuou crescendo frente ao mês anterior”, ressaltou a CNI. O indicador aumentou 0,5% entre abril e maio, com ajuste sazonal. Essa foi a quarta alta mensal seguida.
Atividade continuará a oscilar
A atividade industrial deve continuar oscilando ao longo do ano, mas fechando com um crescimento moderado, afirmou o economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Marcelo de Ávila. “A volatilidade é o cenário mais certo de que vai acontecer daqui pra frente”, completou.
No caso do indicador de horas trabalhadas, por exemplo, Ávila lembrou que, em março e abril, houve um forte avanço. Abril teve alta de 2,9% ante março, com ajuste sazonal. Como a economia está crescendo moderadamente, essas expansões na atividade do setor não conseguem se sustentar, avaliou o economista.
A tendência, para ele, não é clara. Após dois meses positivos, os índices tiveram uma queda, porque os problemas da indústria continuam, como a baixa competitividade com mercadorias estrangeiras, por causa do alto custo de produção.
O dólar mais valorizado, segundo Ávila, não é suficiente para reverter totalmente esse quadro de competição com bens importados.
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