Anunciado na última sexta-feira (22) pela Petrobras, o reajuste de 7,83% na gasolina e de 3,94% no diesel passa a vigorar nesta segunda-feira (25). O aumento será praticado sobre os preços cobrados nas refinarias - nos dois casos antes de impostos - e não deve afetar o valor do combustível para o consumidor final.
De acordo com a companhia, os novos valores não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins, nem o tributo estadual ICMS.
Segundo a estatal, "esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo".
A Petrobras divulgou na semana passada um plano de negócios com investimentos de US$ 236,5 milhões de dólares para o período 2012-2016, contando com reajuste nos preços dos combustíveis para torná-lo viável.
Preços internacionais
Um relatório divulgado pelo Deutsche Bank aponta que os reajustes ainda deixam uma defasagem de 7%, no caso da gasolina, e de 13%, no caso do diesel, em relação aos preços praticados no mercado internacional.
O relatório também aponta pouco efeito sobre os resultados da Petrobras. A estimativa do banco é de uma alta de apenas 3% no lucro líquido, para US$ 14,638 bilhões este ano, contra estimativa anterior de US$ 14,216 bilhões. O banco considera que as ações da companhia poderão reagir de forma positiva às notícias, apesar de o reajuste ter vindo abaixo das expectativas do mercado.