Premiação

RCGI ganha Prêmio ANP de Inovação Tecnológica

Trata-se de uma inovação disruptiva, em nível mundial, que possibilitará monetizar o gás natural oriundo das reservas do pré-sal, além de evitar mais emissões de CO2 na atmosfera.

Redação/Assessoria
02/12/2019 14:50
RCGI ganha Prêmio ANP de Inovação Tecnológica Imagem: Divulgação Visualizações: 1504 (0) (0) (0) (0)

O Fapesp Shell Research Centre for Gas Innovation (RCGI) foi um dos vencedores do Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 2019, com um projeto de pesquisa que possibilitará ao Brasil monetizar o gás natural explorado nas reservas do pré-sal, sem um dos seus principais contaminantes: o dióxido de carbono (CO2). O projeto do RCGI venceu na Categoria II da área temática "Exploração e Produção de Petróleo e Gás". Ao todo, concorreram 147 projetos de pesquisa, em cinco categorias.

O projeto do RCGI prevê a abertura de cavernas na camada de sal, onde o gás natural seria confinado para posterior separação do metano e do CO2. Isso ocorreria por meio de uma tecnologia de separação gravitacional, desenvolvida e encaminhada para patente pelo RCGI. "A caverna é mantida em alta pressão até que o CO2 passe para um estado supercrítico e decante. O metano, que se manteve em estado gasoso no processo, seria então retirado, aliviando a pressão na caverna e fazendo com que o CO2 voltasse ao estado gasoso. Esse ciclo seria repetido até o total preenchimento da caverna com CO2, quando, então, esta seria lacrada", explica o diretor científico do RCGI, Júlio Meneghini (foto), professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (poli-USP).

Embora já existam cavernas com esta finalidade, é a primeira vez que se desenvolve uma tecnologia para águas ultraprofundas. "Além de separar o metano do CO2, em quantidades enormes, a um custo relativamente baixo, poderemos estocar carbono e vender créditos para o mundo", ressalta Meneghini, acrescentando trata-se de uma inovação disruptiva, em nível mundial.

Ele destaca que o prêmio é um exemplo da importância de um centro de pesquisa como o RCGI, essencialmente multidisciplinar. "Ideias como essa só são concebidas por equipes multidisciplinares, compostas por engenheiros mecânicos, químicos, navais, economistas, advogados, entre outros profissionais."

Projeto piloto – A equipe estuda agora a construção de um projeto piloto em uma caverna, para estudar in loco as condições de separação dos dois gases. Segundo o coordenador do projeto, Gustavo Assi, também professor da Poli-USP, a meta é concluir o plano da caverna piloto nos próximos 24 meses. "A construção e operação de uma caverna piloto é um grande experimento científico e tecnológico em campo, capaz de fornecer informações detalhadas dos processos físicos que ocorrem nas grandes cavernas de armazenamento e separação", adianta.

Além de Assi, a equipe é composta pelos professores Kazuo Nishimoto, Julio Meneghini, Claudio Sampaio, Marcelo Martins e André Bergsten – todos da Poli-USP – e pelos pesquisadores Leandro Grandin, Carlos Bittencourt, Alvaro Maia da Costa, Pedro Maia da Costa, Edgard Malta, Felipe Ruggeri e Guilherme Rosetti, entre outros pós-doutorandos e pesquisadores associados. Além da Shell e da USP, o projeto tem como parceiras as empresas Modecom, Technomar, Agronautica e Granper.

Sobre o RCGI: O FAPESP SHELL Research Centre for Gas Innovation (RCGI) é um centro de pesquisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pela Shell. Conta com mais de 320 pesquisadores que atuam em 46 projetos de pesquisa, divididos em cinco programas: Engenharia; Físico/Química; Políticas de Energia e Economia; Abatimento de CO2; e Geofísica. O Centro desenvolve estudos avançados no uso sustentável do gás natural, biogás, hidrogénio, gestão, transporte, armazenamento e uso de CO2. Saiba mais em: https://www.rcgi.poli.usp.br/pt-br/

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