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O problema é que, segundo o novo secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, o mega-empreendimento também representa o maior e mais complicado processo de licenciamento ambiental em andamento na América Latina, e a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), órgão que tem a competência para expedir este tipo de licença, não tem condições de resolver tudo até junho ou julho, como pretendiam os empreendedores.
Em recente entrevista, Carlos Minc disse acreditar que o projeto, que prevê a construção de uma unidade petroquímica básica, um centro de inteligência (para formar e capacitar empresas locais e mão-de-obra para o emprendimento) e uma central de escoamento de produtos líquidos para garantir o escoamento entre Itaboraí e os terminais da Baía de Guanabara, não deve ter sinal verde antes de setembro, embora o secretário pense em pedir auxílio ao Ibama, órgão federal cujos técnicos estão acostumados a lidar com licenciamentos ligados a unidades de exploração, produção e beneficiamento de derivados de petróleo.
Disputado por diversos estados da federação até o anúncio da escolha do Rio de Janeiro, o Comperj deverá produzir anualmente 1,3 milhão de toneladas de eteno, 900 mil toneladas de propeno, 360 mil toneladas de benzeno e 700 mil toneladas de p-xileno, além de derivados de petróleo, principalmente coque. Durante as obras de construção, estima-se a abertura de 212 mil empregos (diretos, indiretos e efeito renda). Na implantação das empresas de segunda geração, deverão ser incorporados outros 212 mil empregos (diretos, indiretos e efeito renda). A Petrobras já obteve, da Prefeitura de Itaboraí, uma certidão que reconhece que a unidade será instalada numa Zona Estritamente Industrial (ZEI). O documento é pré-requisito para dar início ao processo de Licenciamento Ambiental junto às autoridades estaduais. Ainda segundo Carlos Minc, no próximo dia 12 haverá uma nova reunião de todos os órgãos e empresas envolvidas no processo.