América Latina

Queda na venda de petróleo aos EUA abala confiança na Venezuela

Títulos emitidos no país afundaram 3% em 31 de janeiro.

Valor Econômico
06/02/2014 12:43
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A queda nas vendas de petróleo da Venezuela aos EUA, seu maior mercado de exportação, está agravando um colapso nos títulos de dívida do país.
Os títulos emitidos pela Venezuela afundaram 3% em 31 de janeiro, um dia depois que os dados divulgados pela Administração de Informação sobre Energia (EIA) mostraram que as vendas do produto ao país em 2013 se encaminham para o valor mais baixo em 28 anos. A liquidação levou as perdas neste ano para 12,4%, mais do que o triplo da queda média de 3,93% entre as notas dos países em desenvolvimento com menos capacidade de crédito, segundo dados da Bloomberg.
A forte queda nas exportações de petróleo, a maior fonte de dólares da Venezuela, chega enquanto o presidente Nicolás Maduro enfrenta uma escassez da moeda americana que fez com que os preços ao consumidor se elevassem 56% e as reservas de moeda estrangeira despencassem para US 21 bilhões, o valor mais baixo em uma década. A estatal petrolífera PDVSA está enviando centenas de milhares de barris de petróleo por dia à China para amortizar empréstimos pelo total de US 40 bilhões desde 2008, em uma época em que sua produção está diminuindo.
"É uma acusação da má gestão da PDVSA", disse Edwin Gutiérrez, que gerencia US 10 bilhões em dívida de mercados emergentes na Aberdeen Asset Management Plc, em entrevista por telefone de Londres. "A capacidade do país de pagar continua se deteriorando."
A escassez de dólares ajudou a alimentar uma desvalorização recorde do bolívar de 73% no mercado negro no ano passado, pois o país, que importa cerca de 70% dos bens que consome, passa por dificuldades para pagar bilhões de dólares em dívidas a importadoras de alimentos e companhias aéreas. As obrigações em moeda americana às empresas privadas chegaram a mais de US 56 bilhões, segundo a Barclays. Em 2013, o governo não conseguiu pagar US 8,7 bilhões às companhias que fornecem produtos como grãos e papel higiênico, estimou no mês passado a empresa de pesquisa Ecoanalítica, com sede em Caracas.
"Não há razão para que pensem que temos uma economia insustentável", disse o ministro do Petróleo e presidente da PDVSA, Rafael Ramírez. "A receita do petróleo está sob controle. A Venezuela nunca deixou de cumprir com seus compromissos. Nunca paramos de pagar."
A média diária de exportações de petróleo bruto e produtos de petróleo da Venezuela aos Estados Unidos foi de 792 mil barris nos primeiros 11 meses do ano passado, segundo dados publicados no site da EIA. Se essa média diária se manteve para todo 2013, o resultado será a menor taxa desde 1985.

A queda nas vendas de petróleo da Venezuela aos EUA, seu maior mercado de exportação, está agravando um colapso nos títulos de dívida do país.

Os títulos emitidos pela Venezuela afundaram 3% em 31 de janeiro, um dia depois que os dados divulgados pela Administração de Informação sobre Energia (EIA) mostraram que as vendas do produto ao país em 2013 se encaminham para o valor mais baixo em 28 anos. A liquidação levou as perdas neste ano para 12,4%, mais do que o triplo da queda média de 3,93% entre as notas dos países em desenvolvimento com menos capacidade de crédito, segundo dados da Bloomberg.

A forte queda nas exportações de petróleo, a maior fonte de dólares da Venezuela, chega enquanto o presidente Nicolás Maduro enfrenta uma escassez da moeda americana que fez com que os preços ao consumidor se elevassem 56% e as reservas de moeda estrangeira despencassem para US 21 bilhões, o valor mais baixo em uma década. A estatal petrolífera PDVSA está enviando centenas de milhares de barris de petróleo por dia à China para amortizar empréstimos pelo total de US 40 bilhões desde 2008, em uma época em que sua produção está diminuindo.

"É uma acusação da má gestão da PDVSA", disse Edwin Gutiérrez, que gerencia US 10 bilhões em dívida de mercados emergentes na Aberdeen Asset Management Plc, em entrevista por telefone de Londres. "A capacidade do país de pagar continua se deteriorando."

A escassez de dólares ajudou a alimentar uma desvalorização recorde do bolívar de 73% no mercado negro no ano passado, pois o país, que importa cerca de 70% dos bens que consome, passa por dificuldades para pagar bilhões de dólares em dívidas a importadoras de alimentos e companhias aéreas. As obrigações em moeda americana às empresas privadas chegaram a mais de US 56 bilhões, segundo a Barclays. Em 2013, o governo não conseguiu pagar US 8,7 bilhões às companhias que fornecem produtos como grãos e papel higiênico, estimou no mês passado a empresa de pesquisa Ecoanalítica, com sede em Caracas.

"Não há razão para que pensem que temos uma economia insustentável", disse o ministro do Petróleo e presidente da PDVSA, Rafael Ramírez. "A receita do petróleo está sob controle. A Venezuela nunca deixou de cumprir com seus compromissos. Nunca paramos de pagar."

A média diária de exportações de petróleo bruto e produtos de petróleo da Venezuela aos Estados Unidos foi de 792 mil barris nos primeiros 11 meses do ano passado, segundo dados publicados no site da EIA. Se essa média diária se manteve para todo 2013, o resultado será a menor taxa desde 1985.

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